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Cobertura televisiva sobre acidente foi marcada por informações desencontradas
KEILA JIMENEZ COLUNISTA DA FOLHAUm festival de informações desencontradas e audiência em alta marcaram as primeiras horas da cobertura jornalística da morte de Eduardo Campos (PSB), nesta quarta.
Globo, GloboNews, Record e RecordNews foram as primeiras a noticiarem, por volta das 12h35, a queda do avião. SBT e Band logo entraram na transmissão.
Uma das últimas foi a RedeTV!, que exibia programação religiosa enquanto plantões corriam na concorrência.
Entre a notícia do acidente e a confirmação da morte de Campos foram cerca 20 minutos de uma cobertura nervosa em plantões ao vivo.
Ainda sem a notícia oficial da morte, a Band foi a primeira a dizer que amigos confirmavam Campos entre as vítimas fatais da queda. Logo Record e GloboNews noticiaram a morte, seguidas pela Globo, que foi mais cautelosa.
Band e Record ora diziam que a mulher e o filho de Campos haviam morrido no acidente, ora desmentiam.
Sem paletó, Evaristo Costa entrou ao lado de Sandra Annenberg às pressas no "Jornal Hoje". No pico da transmissão, entre 12h e 15h, a Globo marcou 13 pontos, 30% mais do que registra no horária. Cada ponto equivale a 65 mil domicílios na Grande SP.
Mesmo assim, a Globo partiu em seguida para a sua programação convencional, com "Sessão da Tarde" e novelas.
GloboNews, Band, Record e Gazeta fulminaram sua programação com a cobertura.
A Globo mudou os planos em relação às entrevistas com os candidatos à presidência no "Jornal Nacional". Foram adiadas as conversas com Dilma Rousseff (PT) e Pastor Everaldo (PSC), marcadas para quarta (13) e quinta (14).