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Vistoria não foi refeita por 'questão administrativa'

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO ALEGRE DOS ENVIADOS A SANTA MARIA

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu, disse que a renovação do alvará contra incêndios da boate Kiss não havia sido realizada ainda por "questões administrativas". Mas não explicou quais questões seriam elas.

Para dar o alvará, os bombeiros precisariam fazer uma nova vistoria, o que não foi feito. A última é de 2011.

Segundo o comandante, os bombeiros também não tinham ciência da instalação da espuma, material que, segundo a polícia, potencializou a tragédia. A colocação do material na boate ocorreu depois da última vistoria.

"O Corpo de Bombeiros fez a inspeção em 2011, e a espuma não estava lá", disse.

Para os bombeiros, a casa tinha duas saídas de emergência. Lado a lado, elas dão acesso ao hall de entrada e, em seguida, a uma porta que leva para fora do prédio.

O Corpo de Bombeiros reafirmou que a casa tem capacidade para 691 pessoas. E que, se houve superlotação, a responsabilidade é dos donos.

Segundo os bombeiros, todos os equipamentos de segurança da casa, como o número de extintores de incêndio, estavam compatíveis com o tamanho da boate no momento da vistoria de 2011.

Já o prefeito Cezar Schirmer (PMDB) disse ontem que a prefeitura "age quando é acionada" e citou como o exemplo o fechamento de uma boate estudantil neste mês na cidade.

O prefeito citou leis estaduais que atribuem responsabilidade aos bombeiros e falou que providenciou a entrega de documentos à polícia.

"A lei estadual diz que casas de entretenimento que tenham risco médio ou grande têm que sofrer inspeção anual do Corpo de Bombeiros."

Gilberto Carlos Weber, advogado de Luciano Augusto Bonilha Leão, assistente de palco da banda Gurizada Fandangueira preso desde segunda, não quis dar detalhes sobre o teor do depoimento de seu cliente à Polícia Civil.

Questionado sobre a utilização de sinalizadores durante a apresentação do grupo, ele afirmou que a banda costuma fazer shows pirotécnicos, mas não confirmou que a performance foi realizada no dia do incêndio.

Weber também afirmou não saber se foram usados sinalizadores inadequados. "É uma questão que a perícia vai ter que analisar", disse.


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