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Hoje papável, dom Odilo já perdeu dois "conclaves"

ARCEBISPO DE SP FOI DERROTADO EM DUAS ELEIÇÕES PARA A CNBB

FABIANO MAISONNAVE ENVIADO ESPECIAL A ROMA

Presença constante na lista dos papáveis e com bom trânsito no Vaticano, o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, 63, não tem a mesma desenvoltura entre os seus pares brasileiros: sofreu duras derrotas nas últimas eleições para a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cargo de maior visibilidade da igreja no país.

Há cerca de dois anos, apoiado por bispos de tendência mais conservadora, dom Odilo foi preterido pelo também cardeal d. Raymundo Damasceno Assis, 76, que também estará no conclave.

Em 2007, d. Odilo perdeu a disputa para d. Geraldo Lyrio Rocha, hoje arcebispo de Mariana, que venceu com 92% dos votos. Na época, d. Odilo foi considerado o "homem do Vaticano", rótulo ruim: indica um enviado de Roma com agenda intervencionista.

Justa ou não, a identificação com a Santa Sé resulta dos sete anos de d. Odilo em Roma, na Congregação para os Bispos (1994-2001), e principalmente da carreira meteórica: em seis anos (2001-07), foi nomeado bispo, arcebispo de São Paulo e cardeal.

Gaúcho de nascimento, d. Odilo tem fama entre os brasileiros de trabalhador e organizado, mas também de centralizador e mau ouvinte.

No Brasil, um dos cardeais mais próximos a ele é o arcebispo emérito de Salvador, d. Geraldo Majella, 79, que também estará no conclave; nos anos 70, d. Geraldo foi bispo de Toledo (PR), onde d. Odilo começava a carreira.

O quarto brasileiro no conclave é d. Cláudio Hummes, o único remanescente da geração de bispos que entrou em atrito com a ditadura brasileira. Nos anos 70, bispo de Santo André, era próximo do então sindicalista Lula.

Em 2006, d. Cláudio deixou o arcebispado de São Paulo para se tornar prefeito da Congregação para o Clero, que supervisiona mais de 400 mil padres em todo o mundo. Teve de se retratar por declarações em que se mostrava aberto à discussão do celibato; em 2010, ele se aposentou.

O quinto cardeal brasileiro no conclave é dom João Braz de Aviz, 65,, à frente da importante Congregação para a Vida Sagrada. Sua biografia inclui uma quase tragédia: no início da carreira de padre, no Paraná, foi confundido pela polícia com um ladrão de bancos. Acabou baleado -até hoje tem estilhaços de chumbo no corpo.


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