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Criar é mais fácil do que manter
da Equipe de Trainees
Fundar uma organização não-governamental (ONG) para
realizar trabalhos filantrópicos não é muito difícil.
Mas depois da criação é preciso contornar várias
dificuldades para conseguir fazer com que a instituição
sobreviva.
Para a advogada Maria Nazaré Lins Barbosa, do Cets (Centro de Estudos
do Terceiro Setor), criar uma entidade assistencial chega a ser mais fácil
do que abrir uma empresa privada: basta realizar uma assembléia,
aprovar um estatuto e fazer o registro no cartório.
É a partir daí que surgem os outros problemas. A estudante
Flávia Pereira, 20, descobriu isso quando participou, no final
de 1998, da criação do Instituto Sou da Paz, que realiza
campanhas contra a violência.
O grande problema era a falta de dinheiro, disse a estudante.
Antes da criação do instituto, não havia credibilidade
suficiente para que doações fossem arrecadadas, e o pequeno
número de doações tornava difícil manter o
instituto.
A captação de recursos é decisiva para a sobrevivência
de uma ONG. Eles podem ser obtidos por meio de atividades comerciais e
de doações.
Quanto às doações, o importante é que a instituição
não dependa de um número reduzido de doadores, procurando
diversificá-lo o máximo possível.
No Instituto Sou da Paz, as principais fontes de recursos são as
doações e a receita gerada pela venda de camisetas e outros
produtos estampados com o símbolo da associação.
Outra dificuldade é o estabelecimento de uma sede. No início,
uma instituição raramente possui recursos suficientes para
o aluguel de um imóvel.
A existência do imóvel é fundamental, porque nenhuma
ONG pode ser registrada em cartório se não possuir uma sede,
cujo endereço deve estar explicitado no estatuto.
No início, o Instituto Sou da Paz registrou o endereço de
um de seus diretores como sede da entidade. Só depois de sete meses
de existência, foi alugado um imóvel, na zona oeste de São
Paulo. (NHC)
Onde
buscar ajuda na Internet |
Abong
(Associação Brasileira
de Organizações Não Governamentais):
www.abong.org.br |
Bets (Centro
de Estudos
do Terceiro Setor):
www.fgvsp.br/cets
Rits (Rede de informações
para o terceiro Setor):
www.rits.org.br |
Fonte:Maria
Nazaré Lins (Cets), Paulo Haus Martins (Rits), Abong |
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