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Paulo Vinícius Coelho

O tempo

Tite e Cuca tiveram um aliado: o tempo. O ápice de suas equipes chegou no segundo ano de trabalho

CUCA CHAMOU o presidente do Atlético-MG de lado, semanas depois de sua contratação. Tirou um papel do bolso, rabiscou e em segundos indicou a maneira como seu time pretendia jogar. "Eram losangos", diz Alexandre Kalil, referindo-se à movimentação do Atlético, às vezes num 3-4-3.

Kalil se lembra da impressão que aquela conversa lhe causou. "Percebi que algo bom ia acontecer. Nunca outro técnico me mostrou tão claramente como queria atuar."

Em dois anos, o Atlético se transformou na equipe de futebol mais envolvente e competitiva do Brasil. A impressão é reforçada pela atuação nos 4 x 1 sobre o São Paulo, a melhor desde a chegada de Cuca.

O Atlético defende hoje, contra o Cruzeiro, uma invencibilidade de 33 partidas no Independência. São 47 jogos sem perder como mandante, desde agosto de 2011, quando caiu contra o Cruzeiro em Sete Lagoas. Aquela foi a sexta partida de Cuca no Atlético e a sexta derrota. Perder pela sexta vez, e num clássico, poderia ser a senha para demitir.

Cuca ficou.

Atlético e Corinthians têm estilos diferentes, mas são os times brasileiros de futebol mais próximos ao que se pratica na Europa. São compactos, criam em espaços curtos e marcam por pressão. Em comum, Tite e Cuca tiveram um aliado: o tempo. O ápice de suas equipes chegou no segundo ano de trabalho.

É verdade que Atlético e Corinthians vivem momentos distintos e isso interfere diretamente nas decisões estaduais em Minas e São Paulo. Cruzeiro e Atlético festejam suas melhores fases em vários anos. Corinthians e Santos estão em seus piores momentos em muitos meses.

É mais provável haver um jogo inesquecível no Independência do que no Pacaembu.

INVICTOS

O Cruzeiro atuou 14 vezes neste ano, venceu 13 e empatou uma. No primeiro clássico do ano, venceu o Atlético. Fala-se pouco do Cruzeiro, porque joga só o Mineiro e a Copa do Brasil. Há ótimos sinais na Toca da Raposa, mas Marcelo Oliveira está lá há apenas cinco meses. É diferente de Atlético e Corinthians.

Dos quatro finalistas, o Santos é o único que teve tempo, mas não tem futebol. Como no Corinthians, um pedaço do problema é físico.

Neymar joga com uma proteção na coxa desde que voltou do amistoso contra o Chile.

O Corinthians não vence o Santos no Pacaembu há quatro clássicos. Pior do que não vencer hoje é emperrar contra o Boca Juniors.

A Libertadores continua até o dia 29 de maio e depois para por causa da Copa das Confederações. Se o Corinthians não morrer quarta-feira, um velho aliado de Tite e de Cuca poderá agir de maneira diferente para cada um dos lados.

O tempo de treinos pode ajudar o Corinthians. O tempo sem jogos pode atrapalhar o Atlético.


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