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Crise em campo faz São Paulo 'antecipar' sucessão de Juvenal

FUTEBOL A nove meses de eleição, clube já vive clima de disputa por cargo de presidente

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A crise vivida dentro de campo pelo São Paulo acelerou o processo de sucessão do presidente Juvenal Juvêncio, no cargo desde 2006.

A nove meses da escolha do novo mandatário do clube, prevista para abril, o Morumbi já respira eleição.

Um churrasco gratuito promovido ontem pela diretoria para festejar a inauguração de instalações do futebol social mostrou essa disputa.

Hostilizado por integrantes da oposição, Juvenal disse que ainda não é hora de pensar no pleito, mas sim de levantar o time de futebol.

E integrantes da organizada Independente, depois de isentarem em discurso a diretoria de responsabilidade pela maior série de derrotas da história da equipe, agrediram um apoiador de Marco Aurélio Cunha, pré-candidato assumido da oposição.

Na véspera, após o 3 a 0 para o Cruzeiro, a sétima derrota consecutiva do São Paulo, membros da facção não citaram a diretoria em protesto em frente ao Morumbi. Xingaram só jogadores e o provável concorrente ao pleito.

Antes do jogo, torcedores comuns também haviam protestado. Mas os alvos eram outros: Juvenal e o diretor de futebol Adalberto Baptista. Marco Aurélio foi aclamado.

"Cabe às maiorias dizer o que é melhor para o clube. E as minorias, o bem estar pessoal", disse o oposicionista, dando a entender uma ligação entre Juvenal e a facção.

Ex-superintendente de futebol na gestão do atual presidente, Marco Aurélio, vereador pelo PSD, rompeu com o grupo e iniciou a campanha em maio, depois da queda do São Paulo na Libertadores.

"O que as pessoas precisam entender é que não se pode discutir o futuro na véspera. As pessoas entendem isso como um confronto. Foram oito anos de Juvenal. Os resultados são muito claros. precisamos de uma mudança de modelo", afirmou.

Normalmente, campanhas políticas no São Paulo começam apenas em dezembro ou janeiro, entre quatro e cinco meses antes do pleito.

"O processo começou só por parte da oposição, porque teve alguém que quis antecipar tudo. Nosso foco agora tem que ser o time. Desviar para as eleições só tumultuaria o ambiente", respondeu o vice social Roberto Natel.

Apesar das palavras do cartola, o grupo de Juvenal também já começou a campanha.

Antes da eclosão da crise, Juvenal trabalhava com três nomes para sucedê-lo: o vice geral Carlos Augusto Barros e Silva (Leco) e o diretor de futebol Adalberto Baptista, além do próprio Natel.

Mas a falta de resultados no futebol queimou Baptista com os conselheiros votantes e adicionou pelo menos dois novos nomes à lista da situação: o diretor jurídico Kalil Rocha Abdalla e o vice de marketing, Julio Casares.


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