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Lateral de quatro Copas, ficará marcado pela força e fidelidade

PAULO VINÍCIUS COELHO COLUNISTA DA FOLHA

Quatro Copas do Mundo disputadas é feito raro na história do futebol brasileiro. Djalma Santos é um dos sete jogadores da exclusivíssima lista, por ter jogado todos os Mundiais, entre 1954 e 1966.

Além dele, a lista inclui só Pelé, os goleiros Castilho e Leão, o atacante Ronaldo, os laterais Cafu e Nílton Santos.

Com este último, Djalma chegou a ser confundido nas disputas das primeiras Copas do Mundo vencidas pela seleção. Jornais e revistas europeias publicavam que eram irmãos. O único parentesco era a incrível categoria.

Djalma Santos nasceu Dejalma dos Santos em São Paulo, em 27 de fevereiro de 1929. Nasceu lateral-direito, posição em que só tem um rival na história do futebol brasileiro: Carlos Alberto Torres.

Nasceu jogador da Portuguesa. Em 1954, foi um dos três da Lusa convocados para a Copa da Suíça, com Julinho Botelho e Brandãozinho. Além deles, só mais dois atletas da Portuguesa foram convocados para Mundiais: Jair da Costa e Zé Maria.

O único a jogar duas Copas representando a Lusa, de onde só saiu depois de ganhar o Mundial da Suécia, em 1958.

Lateral raro de fidelidade rara, só atuou por outros dois clubes: o Palmeiras e o Atlético-PR. No Parque Antarctica, ganhou os títulos paulistas de 1959, 1963 e 1966, a Taça Brasil de 1960 e 1967, o Robertão de 1967, vice-campeão da Libertadores em 1961.

Foi para Curitiba e ajudou o Atlético a sair de uma fila de 12 anos sem taças, com o título estadual de 1970. O capitão da Copa de 1958, Belini, era seu parceiro de clube.

Também vestiu a camisa do São Paulo num amistoso contra o Nacional de Montevidéu, para comemorar a inauguração do Morumbi. E, em 1963, tornou-se o primeiro brasileiro a vestir a camisa da seleção da Fifa, convocada para amistoso contra a Inglaterra, em Wembley, palco em que Pelé nunca jogou.

A força de seus braços ficou na história pelos arremessos laterais cobrados diretamente para a área. Ontem, a força de seu corpo sucumbiu. Ele tinha 84 anos.


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