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Presidente deixa o clube em meio a crise

SANTOS
No cargo desde 2010, Luis Alvaro, que fez o time voltar ao topo, alega problema de saúde

RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO

O presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, 70, pediu um ano de licença médica e se afastou do cargo que exercia desde 2010.

A eleição no clube será em dezembro de 2014.

O mandatário fez o pedido ontem,em reunião extraordinária entre conselheiros e membros do Comitê de Gestão, órgão que administra o clube, na Vila. A solicitação foi aprovada de forma unânime. O vice-presidente Odílio Rodrigues irá assumir.

"Desde 2011 venho acumulado problemas de saúde que têm comprometido meu dia a dia na presidência", explicou Luis Alvaro, em nota, que recentemente ficou internado e passou por cateterismo.

Pouco antes de o cartola fazer o anuncio, oposicionistas já tinham protocolado um pedido de impeachment --97 dos mais de 300 conselheiros assinaram o documento.

A quantidade de assinaturas impressionou. Apesar ter sofrido críticas em alguns momentos, a gestão atual é bem avaliada. Deu ao clube seis títulos, aumentou o número de sócios de 17 mil para 65 mil, e o faturamento, de R$ 70 milhões para R$ 200 milhões anuais. Mais: capitalizou com Neymar e segurou o atleta no time até 2013.

A crise entre cartolas, porém, deve-se ao número de grupos políticos que sugiram nos últimos anos. E ficou evidente após os 8 a 0 impostos pelo Barcelona, na Espanha.

Os primeiros sintomas dessa crise ocorreram após o time ser eliminado pelo Corinthians na semi da Libertadores-2012. Depois houve críticas à negociação de Ganso com São Paulo e à fraca campanha no Brasileiro de 2012.

Neste ano, as críticas se intensificaram com a perda do título do Paulista e a ida de Neymar para o Barcelona --conselheiros suspeitam que o Santos recebeu pela venda mais do que os R$ 74 milhões que a diretoria anunciou.

Outro motivo de insatisfação foi Luis Alvaro ter pedido o cargo de dois membros do comitê --saíram Pedro Luiz Nunes e Caio de Stefano. O ato provocou a renúncia de Luciano Moita, e o órgão ficou só com cinco membros.

Pedro Luiz e Caio ainda fazem parte do comitê porque a saída dependeria de votação do conselho, mas devem entregar os cargos agora. A Folha apurou que outros membros podem fazer o mesmo. Assim o vice-presidente poderia indicar os nomes e formar um novo comitê.


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