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Tenso

Erros, tensão e conflitos no São Paulo mancham o último ano da carreira de Rogério

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

Rogério teve em seus pés a chance de iniciar a reação do São Paulo contra o Criciúma.

Ajeitou a bola. Deu uma paradinha. Chutou. Depois, mordeu os lábios e voltou para a meta de cabeça baixa, prevendo que seu time ficaria na zona de rebaixamento.

O terceiro pênalti perdido consecutivamente pelo goleiro, na quinta-feira, na derrota por 2 a 1 para os catarinenses, não é coincidência, mas sim um sintoma de um tipo de tensão pré-aposentadoria.

Em seu último ano de carreira, Rogério, 40, passa por uma mistura de emoções raras ou até inéditas na sua vida: luta contra o rebaixamento, troca de farpas públicas com integrante da diretoria, críticas por excesso de poder.

A Folha apurou com pessoas próximas ao jogador que isso deixou o camisa 1, que volta a campo hoje, contra o Coritiba, preocupado, transtornado e mais tenso do que de costume. O goleiro teme que suas mais de duas décadas no São Paulo tenham como ponto final a queda para a Série B do Brasileiro.

Também teme ser rotulado como líder que se esconde na hora difícil. Por isso a insistência em cobrar pênaltis.

"Ele se cobra muito. Está numa expectativa muito grande para tirar o time dessa situação. Quer fazer gols para salvar a equipe", afirma o coordenador técnico do São Paulo, Milton Cruz, amigo de longa data de Rogério.

Os conflitos públicos com o ex-diretor de futebol e agora diretor-secretário geral Adalberto Baptista e com Ney Franco tampouco ajudaram.

O primeiro criticou sua reposição de bola. Já o técnico, aliado do dirigente, afirmou que o goleiro exerce influência negativa no elenco. Procurado pela reportagem, o jogador, por meio de sua assessoria, não quis se pronunciar.


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