Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Entrevista Márcio Della Volpe

A Libertadores não importa, a nossa prioridade é a Série B

Presidente da ponte preta projeta 2014 difícil e irá propor redução salarial para elenco mesmo com título da sul-americana

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A dois jogos de conquistar o primeiro título de um torneio de elite de seus 113 anos de existência e debutar na Taça Libertadores da América, a Ponte Preta --que joga hoje contra a Portuguesa, às 17h-- está mais preocupada com o que o futuro lhe reserva do que empolgada com o momento histórico.

O presidente Márcio della Volpe já adianta. O próximo ano não será nada fácil. E faltará dinheiro para manter o elenco que colocou o clube na final da Copa Sul-Americana --a decisão contra o Lanús (ARG) começa nesta quarta-feira, no Pacaembu.

A queda para a Série B do Brasileiro, sacramentada ontem com o empate em 2 a 2 entre Fluminense e Atlético-MG, fará com que a arrecadação despenque.

A saída? Propor redução salarial para o técnico Jorginho e os jogadores, mesmo com um possível e histórico título, e permitir a saída de quem não se adaptar à nova realidade financeira do time.

ESTÁDIO

Eu cheguei a falar com a Conmebol para jogar a final no Moisés Lucarelli. Mas ela disse que não poderia aceitar porque também não abriu a exceção para o Atlético-MG na Libertadores. Então, tínhamos dois estádios com capacidade para pelo menos 40 mil torcedores para escolher: Pacaembu ou Morumbi. Escolhemos o Pacaembu porque dá para colocar 30 mil e fazer um caldeirão. Não tem revanche com o São Paulo. Jogaríamos lá normalmente. Mas o estádio é maior e mais caro.

2014

Não dá para fazer um planejamento pensando no primeiro semestre e outro só para o segundo. Com o rebaixamento, nossa prioridade vai ser voltar para a primeira divisão do Brasileiro.

Não importa nem a Libertadores nem o Campeonato Paulista. A Ponte não pode passar mais que um ano jogando a Série B.

DESMANCHE

A ideia é manter a comissão técnica e boa parte do elenco. Mas vamos ter de renegociar as condições financeiras. Nossas receitas vão cair demais. O jogador que tiver proposta boa, se quiser, pode sair. O Rildo, por exemplo, a gente libera por uns € 6 milhões.

O ganho com a Libertadores não compensa o dinheiro que perdemos com a queda. Imaginamos que a Libertadores vá nos trazer no máximo uns R$ 5 milhões a mais. Jogar a Série B diminui nossa cota de TV de R$ 20 milhões para R$ 3 milhões. Não temos contrato longo com a Globo. Para quem tem, o rebaixamento é até bom. Você recebe o mesmo no primeiro ano e gasta menos. Consegue se reestruturar.

TROCA

Para o torcedor da Ponte Preta, nada é maior que um título. É entrar para a história. Todos preferem ganhar a Sul-Americana e cair do que não ganhar nada e ficar na Série A. Mas eu, no papel de administrador, tenho que pensar no que é melhor para o clube. É complicado decidir.

ERRO NO BRASILEIRO

Todo mundo que vê nosso time jogar fala que ele não merecia cair para a segunda divisão. Mas, infelizmente, não fizemos um bom planejamento para os pontos corridos. Não foi por causa do segundo turno que caímos. Até crescemos junto com a Sul-Americana. O problema foi que nosso primeiro turno foi muito ruim. Fizemos só 15 pontos [de 57 disputados]. Aí ficou difícil recuperar e chegou uma hora que valia mais a pena se concentrar mesmo no sonho da Sul-Americana.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página