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Time baiano foi insultado em Araraquara, afirma técnico

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO ELIANO JORGE DE SÃO PAULO

O treinador do time do São Francisco, de São Francisco do Conde, do interior da Bahia, afirma que a origem nordestina dele e das jogadoras foi alvo de insultos por parte de torcedores da Ferroviária, em Araraquara, na terça passada, pelas quartas de final da Copa do Brasil feminina.

O técnico Mário Augusto, 53, contou à Folha que as hostilidades de cerca de 30 pessoas começaram quando suas jogadoras foram ao gramado para se aquecer.

Diz terem ouvido: "Pobres miseráveis, porcos, lixo", "Todo nordestino tem que ser exterminado", "Vocês não são gente", "O Nordeste devia sumir do mapa", "Vocês comem farinha, têm que comer ração".

Ele afirma ter se impressionado com a insistência dos atos até o fim do duelo.

Campeã baiana pela 13ª vez consecutiva, sua equipe havia vencido por 3 a 2 em casa. Perdeu por 5 a 0 a partida de volta.

"Não houve confusão entre as atletas, a Ferroviária tinha sido bem recebida na Bahia. Mas esses torcedores cuspiram nas meninas, jogaram objetos. Acertaram meu rosto com uma pilha velha de celular e sofri um corte. O policiamento não fez nada", critica o treinador.

Mário Augusto alegou ter avisado à quarta árbitra, Katiucia da Mota Lima, mas não houve relatos na súmula.

Segundo a Federação Baiana de Futebol, o caso já chegou ao conhecimento dos presidentes da CBF, José Maria Marin, e do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), Flávio Zveiter.

O comando da Polícia Militar afirmou que houve só um bate-boca entre uma jogadora e torcedores que estavam na arquibancada. Não foram registradas ocorrências.

Em nota, a Ferroviária negou que a delegação baiana tenha sofrido agressão física e repudiou qualquer ato de discriminação que possa ter ocorrido. Não citou ofensas.


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