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Tostão

Confiança é essencial

Felipão não explicou se confia em Henrique pelo comportamento, pela técnica ou pelos dois

O futebol vive de lugares-comuns e das mesmas explicações para situações bem diferentes. Ter ou não ter confiança serve para tudo. É óbvio, essencial, ter confiança para fazer uma escolha, desde que o escolhido tenha qualidade e seja o mais bem indicado.

Felipão não explicou, na convocação de Henrique, se sua confiança no jogador é pelo comportamento junto ao técnico e aos companheiros, por suas qualidades técnicas ou pelos dois motivos. Há ainda os que confiam e os que não confiam, por motivos inconscientes, que estão no fundo da alma.

Eu não disse que Henrique é um perna de pau nem que sua convocação foi uma ação entre amigos. Se eu fosse técnico de um grande time brasileiro, o contrataria. Ele é um bom jogador, mas não para a seleção. Há vários outros melhores.

Dizem que Felipão preferiu Henrique a Miranda por ser mais alto e porque, para o técnico, Miranda tem jogado bem em razão de ser muito protegido pelo sistema tático do Atlético de Madri.

Há muitas situações limítrofes, conflitantes, nessas escolhas. Prandelli, técnico da Itália, precisa de Balotelli, mas não confia em seu comportamento emocional. Certamente, vai escalá-lo, pois é muito melhor que os outros atacantes.

Júlio César teria sido escalado porque goleiro é cargo de confiança. É mais um chavão. Ele é bem diferente de Henrique. Júlio César tem muita experiência na seleção, foi o melhor goleiro do mundo e jogou muito bem a Copa das Confederações e os amistosos. Ele tem atuado no Canadá. Nunca entendi a intensa queda de prestígio que teve. Discordo do mestre Juca. Eu também o escalaria.

Já Henrique nunca foi um grande zagueiro e, nas poucas vezes em que jogou pela seleção, nem foi notado. Ele é reserva do argentino Fernández, no Napoli, que faz parte de uma seleção muito criticada por não ter um bom zagueiro. Henrique tem atuado de lateral direito.

Dizem que Henrique foi chamado pela versatilidade. Seleção não é o Napoli nem o Palmeiras para um jogador quebrar um galho em outra posição. Isso era importante no passado, quando só podiam ficar sete jogadores no banco.

Com a proximidade da Copa, parte da imprensa esportiva, que não acompanha os detalhes do futebol que se joga em outros países e que assiste apenas aos melhores momentos das partidas internacionais, passa a ser analista de outros jogadores e seleções, repetindo informações e comentários. É nossa cultura futebolística, de muito barulho e de pouca compreensão e conhecimento.

É inquestionável o ótimo trabalho de Felipão, o que não significa que, por admiração, convicção ou conveniência, todos têm de concordar com tudo o que ele fala ou faz. Quem está encantado com o técnico é Marin. Já deve ter pedido um autógrafo. Para Marin, Felipão é um deus, sua salvação e a da CBF.


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