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Maracanã falhou em segurança, avalia comitê

Em caráter reservado, integrantes da organização da Copa afirmam que plano minimizou número de argentinos no Rio

DO RIO

O Maracanã não passou no teste da segurança em seu primeiro jogo na Copa.

A avaliação, feita em caráter reservado à Folha, é de integrantes do COL (Comitê Organizador Local) envolvidos com o planejamento de segurança do torneio.

A conclusão foi que o plano original subestimou o número de argentinos que estariam no Rio para Argentina x Bósnia, no domingo (15). Cerca de 50 mil apareceram --a previsão era 10 mil.

Grande parte desses argentinos, muitos sem ingressos, foi para o entorno do Maracanã. Para esses membros do COL, a Polícia Militar falhou ao deixar essas pessoas entrarem no chamado perímetro Fifa --área de acesso vetado a torcedores sem ingresso e não credenciados.

O resultado foi que ao menos 30 argentinos forçaram a entrada no portão D --por onde passam voluntários e alimentos para camarotes-- e invadiram o estádio, como a Folha flagrou no domingo.

Nove desses argentinos foram detidos, mas o restante, como a reportagem presenciou, misturou-se aos torcedores e conseguiu entrar.

Em público, o COL negou que a invasão tenha sido bem-sucedida. "Quem pulou o muro foi pego. Quem não foi pego ficou com medo e voltou. O plano funcionou bem. Mas temos de reforçar nossa preocupação com segurança", disse Saint-Clair Milesi, da comunicação do COL.

Dos nove detidos, afirma o COL, oito foram fichados pela polícia, e um, liberado porque tinha ingresso.

Acredita-se ainda que barras bravas argentinos (torcedores violentos ligados a organizadas) tenham estado no Maracanã. Apesar de as autoridades brasileiras terem uma lista com 2.100 barras bravas proibidos de entrar no país, apenas cinco foram impedidos de desembarcar.

Diante dessa situação, os responsáveis pela segurança em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul, onde a Argentina fará seus dois próximos jogos, preparam reforço e mudanças nos planos. Para o Maracanã, a ideia agora é reforçar agora o policiamento em todos os portões.

O governo do Rio disse que analisará "toda a operação".


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