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Polícia investiga 'conexão bola' de máfia de ingressos

Ex-atletas como Dunga, Assis e Júnior Baiano serão chamados a depor como testemunhas; suspeito tinha livre trânsito na Fifa

DIANA BRITO MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

A Polícia Civil do Rio deverá chamar ex-jogadores, entre eles Dunga e Júnior Baiano, e empresários de futebol para depor na investigação sobre uma rede internacional de cambistas que atua em Copas do Mundo desde 2002.

Inicialmente, eles serão chamados como testemunhas --o objetivo é esclarecer se há ligação com a rede.

Na terça (1º), a polícia prendeu 11 suspeitos de integrar um esquema ilegal de venda de ingressos da Copa-14, que faturava até R$ 1 milhão por jogo. Há suspeitas de participação de integrantes da CBF e das federações de futebol da Argentina e da Espanha.

Entre os presos está o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, 57, apontado como chefe do grupo e que fez ligações para a Granja Comary, concentração da seleção, em busca de ingressos.

FESTA

Segundo a apuração, Fofana tinha livre acesso a eventos da Fifa e fechou um bar na zona sul carioca, no último dia 17, para uma festa em homenagem aos ex-jogadores da campanha de 1970.

Ex-atletas de várias gerações, como Dunga, Jairzinho e Carlos Alberto Torres, estavam entre os convidados --por isso, deverão ser chamados para depor. "Ele se valia desses encontros para ficar entre pessoas influentes para ter acesso a ingressos valiosos, de camarotes", disse o delegado Fabio Barucke.

Na festa, Fofana gastou R$ 9.000 em uísque para presentear ex-jogadores e jogadores.

Júnior Baiano será convocado porque alugou um apartamento para o argelino por R$ 12 mil na Barra, no Rio.

Escuta autorizada mostra ainda Fofana em suposta negociação de ingressos com Roberto de Assis Moreira, ex-atleta, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho.

"O Assis vai ser chamado para nos explicar como ele conheceu essa pessoa e qual é sua participação nessa rede", afirmou Barucke.

A polícia investiga ainda se há ligação do grupo com o pai e empresário de Neymar. Em conversa grampeada pela polícia, Alexandre Vieira, suspeito de integrar a quadrilha, disse a outro suspeito que assistia a Brasil e Chile ao lado do pai do craque --nos lugares mais caros do Mineirão.


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