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Elemento surpresa

Amo mais a Argentina graças à derrota na final

CAMILA MARQUES EDITORA DE "TEC"

Quem me conhece sabe bem. Buenos Aires é um dos meus lugares favoritos do mundo. Vinho argentino? Adoro. O churrasco é fora de série. As ruas de Palermo Viejo só me trazem lembranças felizes. Tive na vida mais livros de Quino do que qualquer outro autor. O futebol? Jogo de raça, Messi é inspirador.

E na minha lista de alegrias existentes graças à Argentina está a derrota no Maracanã neste domingo. Graças a Deus, perderam!

"Se você gosta tanto assim dos hermanos', do país e blá-blá, como diz, como não torce por eles na final da Copa?" Simples: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Quem defende lógica e racionalidade no futebol não entende que, para o torcedor (o que sou, uma mera torcedora), trata-se de um esporte passional. Envolve lágrimas e gritos. Envolve raiva mesmo quando se ama.

Pedir para eu torcer para a Argentina por sermos do mesmo continente e do mesmo bloco econômico (juro que ouvi tal argumento!) é a mesma coisa que pedir para eu torcer para o Corinthians na final da Libertadores porque "é Brasil na final". Uma são-paulina roxa jamais torcerá pelo Corinthians. Tão lógico.

Sou daquelas que enche a boca para dizer que, sim, Pelé é melhor que Maradona. Me despeço do taxista em Buenos Aires dizendo: boa sorte na vida, mas não no futebol.

Uma queridíssima amiga argentina, enlouquecida por futebol como poucos, não crê que eu torça contra. Quase se indigna.

Ela diz que seus compatriotas defendem, sim, o Brasil. Chegou a me mostrar a foto de um conhecido enrolado na nossa bandeira para provar a tese.

Como eu disse, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Torcer pelo futebol argentino? Jamais. Sou adepta do "América Latina, menos Argentina". Por quê? Porque sim.


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