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A conta não fecha

Clubes brasileiros aumentam suas receitas, mas gastos cada vez maiores turbinaram suas dívidas

DO PAINEL FC

O vexame brasileiro na Copa acendeu os holofotes sobre a estrutura do futebol nacional. E o cenário notado nos clubes, pilares de sustentação do esporte, é nebuloso.

Ao mesmo tempo que viram suas receitas serem turbinadas nos últimos anos, as agremiações conseguem gastar cada vez mais e aumentar as suas já enormes dívidas.

Os clubes fecharam contratos milionários com a Rede Globo em 2011. A emissora negociou a compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro e vitaminou o pagamento aos times.

Cofres de Corinthians e Flamengo, por exemplo, chegaram a receber da televisão mais de R$ 100 milhões por ano. E a receita de TV, principal fonte de renda dos clubes, tornou-se cada vez mais essencial para a sobrevivência.

Mas esse incremento fez com que os clubes, que já estavam repletos de dívidas, gastassem ainda mais com contratações e salários de jogadores e de treinadores.

Em consequência dos gastos volumosos, os clubes não conseguiram pagar suas contas cotidianas --salários de astros atrasaram--, dirigentes apelaram a adiantamentos de receitas futuras (inclusive de direitos de transmissão) e os clubes sofrem hoje com dívidas impagáveis.

Os débitos fiscais, que há anos os clubes não conseguem quitar --e muitos não pagam mensalmente--, compõem importante parcela do total devido. Os 12 maiores clubes somam R$ 1,7 bilhão de dívidas com o Fisco.

Cartolas veem o projeto de lei que refinancia essas dívidas com prazo a perder de vista como a solução para os clubes respirarem. O texto aguarda votação na Câmara.

"Há um problema de gestão. O passivo fiscal, as contingências trabalhistas e as dívidas bancárias são os maiores gastos", aponta Amir Somoggi, especialista em gestão esportiva.


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