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Paulo Vinícius Coelho

Falta de ambição

CBF dá sinais de que o novo técnico será alguém que anda pelos corredores da federação paulista

Faz uma semana que a Copa do Mundo terminou, e o problema de hoje não é a saudade. É a rotina. Ela voltou com força total, apesar dos 16 mil de público médio na rodada do meio de semana. Foi até melhor do que o normal, embora muito inferior aos 53 mil que ocuparam 98,4% dos espaços durante o Mundial.

Tem público com e sem dinheiro para se trazer para os estádios no Brasil. É preciso ter um pouco do ambiente da Copa no dia a dia.

Mas...

Quatro dias depois do fim da festa, a CBF apresentou seu novo coordenador de seleções: Gilmar Rinaldi. Nem vou entrar na ladainha de que a raposa vai cuidar do galinheiro, porque o problema não é esse.

Só se fosse burro Gilmar não aproveitaria as oportunidades que podem lhe trazer --no futuro-- o cargo de coordenador da CBF.

E burro ele não é.

A federação paulista foi o escritório da nova cúpula da CBF nos últimos anos. E Gilmar Rinaldi foi visto lá meses atrás, com Marco Polo Del Nero, o que indica que a CBF se cerca de quem já estava em seu circuito e não produz ameaça.

É possível discutir o que os 7 a 1 refletem, se a decadência definitiva do futebol brasileiro, se apenas um erro tático como disse Marco Polo Del Nero, ou simplesmente uma pane, explicação de Felipão.

Nos três casos, é preciso parar e refletir. Chamar especialistas e diagnosticar. Ouvir três, quatro opiniões, antes de tomar uma decisão.

Juntos, o presidente eleito da CBF e o que está no exercício do poder podem falar com quem quiserem. Pegar um avião e ouvir a opinião do técnico que os goleou, Joachim Löw. Dar um passeio por Munique e saber de Guardiola o que pensa sobre o atual estágio do futebol brasileiro. Chamar brasileiros com circulação na Europa e ouvir deles o que deu errado.

E, no entanto, demoraram apenas quatro dias para apresentar o homem que resolverá todos os problemas. Alguém com quem Marco Polo já se sentava à mesa no início deste ano.

Nos próximos dias, a CBF vai apresentar o novo técnico, e os sinais são de alguém que caminha pelos corredores da federação paulista, de Marin e Marco Polo.

Dunga jogou com Gilmar Rinaldi, Vanderlei Luxemburgo foi seu técnico no Flamengo e é alvo da admiração de Marco Polo...

Não pode ser...

Dizem que Tite perde força por ser próximo a Andrés Sanchez. Mas o objetivo é fazer política ou futebol?

É hora de andar para a frente. A missão de reestruturar as seleções e o Brasileirão exige uma palavra comum aos dirigentes brasileiros, mas aplicada em novo sentido: ambição. Está faltando isso no pós-derrota.


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