Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Brasil recebe Mundial para pagar dívida

HANDEBOL Torneio é parte de pacote de eventos para acertar contas com federação internacional

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

A CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) anunciou no último dia 1º que o país receberá o Mundial júnior masculino de 2015.

A organização do torneio, que terá 24 nações e ocorrerá no Rio Grande do Sul, tem mais a ver com um acerto de contas do que com prestígio.

O Mundial voltado para a categoria de base é parte de um pacote de eventos que a CBHb se comprometeu a realizar para amortizar dívida que chegou a R$ 7,2 milhões.

Além dele, também coube à entidade nacional organizar um Mundial de handebol de areia (masculino e feminino), que ocorreu no mês passado, no Recife. Os títulos ficaram com os anfitriões.

"O Mundial foi realizado no Brasil como prova de confiança da federação internacional junto à confederação brasileira. Esses eventos nos ajudam a solucionar parte da dívida", disse à Folha o presidente da CBHb, Manoel Oliveira, por e-mail.

O débito com a federação será deduzido a partir da receita obtida com os eventos, sobretudo com patrocínios. Oliveira não revelou quanto já foi abatido do total após o Mundial no Recife.

"A dívida está sendo regularizada, totalmente dentro do controle das nossas possibilidades e do que foi tratado com a federação", afirmou.

O handebol virou xodó no caminho para os Jogos Olímpicos do Rio-2016 após o título da seleção feminina no Mundial da Sérvia, em 2013.

A CBHb recebe atualmente R$ 9,4 milhões do Ministério do Esporte só para preparar as seleções para o evento. Também tem previsão de arrecadar R$ 3,7 milhões da Lei Piva, via COB (Comitê Olímpico Brasileiro), em 2014.

Atualmente, a confederação tem patrocínio dos Correios e do Banco do Brasil.

CALOTE

A história da dívida da CBHb começou há três anos.

Sem dinheiro para organizar o Mundial feminino de 2011, em São Paulo, ela solicitou empréstimo milionário à federação internacional.

O dinheiro foi repassado e o Brasil recebeu o campeonato. Mas o ressarcimento demorou a ocorrer.

Pelo calote, o país chegou a correr risco de ser alijado de competições internacionais.

Um acordo foi costurado no final de 2013, durante o Mundial feminino da Sérvia, para tentar pôr fim à questão: a CBHb sediaria três eventos para sanar o empréstimo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página