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Grêmio usa benefícios fiscais em sua arena

2014
Empreiteira não vai precisar remodelar sistema viário no entorno

Luciano Leon/Frame/Folhapress
Corredores do estádio do Grêmio, onde predomina a cor azul
Corredores do estádio do Grêmio, onde predomina a cor azul
FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE

A Arena do Grêmio, propagandeada como contraponto à maioria dos estádios da Copa-2014 por ter caráter privado, vem sendo construída em Porto Alegre com uma série de benefícios públicos.

A empreiteira OAS, que banca a obra, ganhou terrenos originalmente públicos em troca da construção, tem isenção fiscal, foi beneficiada com leis de zoneamento e não precisará remodelar o sistema viário perto do estádio.

Como forma de pagamento pela obra, o Grêmio repassou à construtora terrenos que foram doados pela prefeitura da capital gaúcha em 2010. Com o negócio, a OAS fatura milhões ao vender empreendimentos na cidade.

Mesmo ficando de fora da Copa-14 -o Beira-Rio foi o escolhido-, o Grêmio ganhou para a construção de seu estádio a mesma isenção fiscal, que pode atingir R$ 30 milhões. A justificativa é que o local será usado como campo de treinamento em 2014.

O terreno do novo estádio, que terá também prédios residenciais e comerciais construídos pela OAS, foi usado porque o governo do Rio Grande do Sul, na gestão de Yeda Crusius (PSDB), patrocinou mudança de uma lei.

A mudança permitiu que uma área cedida pelo poder público a uma federação operária fosse vendida à construtora, o que era proibido. O Ministério Público abriu em 2011 inquérito para apurar a transação, ainda não concluído.

Dois atuais dirigentes gremistas, incluindo o presidente Paulo Odone, estiveram no comando da Secretaria da Copa no governo do PSDB.

Com a conclusão da obra, a área do estádio Olímpico será repassada pelo Grêmio à OAS. O local onde o time manda seus jogos hoje fica em uma região central e valorizada da cidade e também será explorado comercialmente pela empreiteira.

Em 2009, leis de zoneamento municipais foram mudadas para viabilizar o estádio, que só será do Grêmio daqui a 20 anos. Orçada em R$ 600 milhões, a arena vai receber jogos já em dezembro.


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