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Confederação paga plano de saúde de cartola

CBF Presidente do Conselho Fiscal e amigo do ex-presidente Ricardo Teixeira tem benefício de R$ 3.000 por mês

SÉRGIO RANGEL DO RIO

Antônio Carlos Coelho, presidente do Conselho Fiscal da CBF e amigo do ex-presidente Ricardo Teixeira há mais de 30 anos, tem o plano de saúde bancado pelos cofres da confederação.

Coelho é responsável há mais de uma década por aprovar os balanços da CBF. Até agora, nenhuma conta foi rejeitada pelo órgão comandado pelo cartola.

A CBF desembolsa cerca de R$ 3.000 por mês para pagar o plano do conselheiro e de mais quatro familiares.

A entidade não remunera os integrantes do conselho. Seu estatuto regula o funcionamento do órgão, que não pode ter eleitos funcionários da confederação e parentes deles até o terceiro grau.

Dos três integrantes do Conselho Fiscal, Coelho é o único beneficiado com o pagamento do plano de saúde.

Segundo documento obtido pela Folha, o pagamento consta na rubrica "Secretaria Administrativa Presidência". Além do presidente do Conselho Fiscal, outros 11 têm o benefício pago pela mesma rubrica, mas estes fazem parte do quadro de funcionários.

Coelho foi eleito pela última vez no pleito de 2007. Além dele, José Antônio do Nascimento Brito e José Guilherme Ferreira integram o órgão. O mandato dos três só terminará em abril de 2015.

Neste ano, eles aprovaram o balanço que registrou um lucro de R$ 73 milhões.

A relação do integrante do Conselho Fiscal com o antigo presidente da CBF é longa e já foi investigada em CPI.

Coelho era executivo do grupo Vega, no qual a confederação mantinha aplicações. O próprio Teixeira investiu no banco nos anos 90. Segundo relatório da CPI CBF/Nike, o ex-presidente da entidade aplicou mais de R$ 600 mil em valores da época.

Na CPI, deputados mostraram que o conselho presidido por Coelho atuava de forma burocrática. O órgão aprovou as contas em diversos anos com o mesmo parecer, sem que fosse feito "qualquer tipo de reparo ou sugestão", segundo o relatório da CPI.

Teixeira renunciou à presidência em março. Apesar de ter deixado o cargo em meio a denúncias de corrupção no Brasil e no exterior, o cartola mora em Miami e recebe R$ 120 mil por mês da CBF.

A CBF informou, por meio da assessoria, que não vai comentar sobre o pagamento do plano de saúde de Coelho. De acordo com a assessoria, esse assunto é para ser discutido na assembleia geral da entidade. Coelho não foi encontrado para falar sobre o caso.


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