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Lucas se despede em busca de seu 1º título

SUL-AMERICANA Principal revelação tricolor decide torneio em casa ante o Tigre no último jogo dele pelo clube

Vagner Canpos/Brazil Photo Press/Folhapress
Lucas treina cobrança de falta antes de final
Lucas treina cobrança de falta antes de final
RAFAEL VALENTE DE SÃO PAULO VINÍCIUS BACELAR COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Lucas chegou ao São Paulo com 13 anos, como Marcelinho, apelido que carregava da base do Corinthians. Hoje, aos 20, e conhecido nacionalmente com seu nome de batismo, disputa sua primeira e última final pelo clube.

O duelo contra o argentino Tigre no Morumbi pela Sul-Americana pode encerrar um jejum de quatro anos sem títulos do clube. A possível alegria para os são-paulinos será dividida com tristeza por causa da despedida de Lucas.

O camisa 7 fez o último treino ontem e saiu da atividade após seus companheiros, com olhar cabisbaixo e de forma lenta. Depois, deu entrevista. Segurou as lágrimas e escolheu as palavras com o mesmo cuidado que tem ao executar uma jogada.

"Estou me segurando hoje. Passa um filme na minha cabeça: vejo desde quando saí de casa para dar meu primeiro chute até o último jogo que disputei pelo São Paulo", disse o meia-atacante.

Lucas não deu um grande depoimento sobre sua trajetória no São Paulo. Pelo contrário, foi repetitivo, mas reservou um espaço para listar e agradecer pessoas.

As lágrimas estavam sob controle, mas, ao ser surpreendido por sete colegas de time e levar um banho de isotônico, Lucas chorou.

"Cada etapa foi importante para esse momento. Tudo foi muito merecido. Lutei bastante para chegar aqui. Se não fossem os amigos, a família, as pessoas que trabalharam comigo, não teria conseguido. Cada dia procurei fazer o meu melhor."

Lucas começou na escolinha de Marcelinho Carioca, ex-Corinthians. Depois passou pela base corintiana, mas a distância entre sua casa e o local de treino o levou para o São Paulo. Usufruiu da estrutura do CT de Cotia e estreou no profissional em 2010.

No time principal, trabalhou com Milton Cruz, Sérgio Baresi, Paulo César Carpegiani, Adilson Batista, Emerson Leão e Ney Franco. Jogou ainda com Rivaldo, Fernandão, Rogério e Luis Fabiano.

"Neste tempo, não mudei nada como pessoa. Como atleta, evoluí bastante, aprendi e melhorei na parte física e técnica, mas ainda tenho mais para evoluir."

A principal revelação tricolor dos últimos anos ensaia sua despedida desde agosto, quando teve a venda para o Paris Saint-Germain concretizada. Independentemente da taça, Lucas vai deixar o clube com R$ 108 milhões nos cofres -preço que o time francês pagou por ele-, mas disse que sua missão é outra.

"Desde quando cheguei aqui sonho em ser campeão e agora tenho a oportunidade. Quero dar esse presente para a torcida. Dinheiro nenhum paga um título."


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