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Defensores temem estilo provocador de Neymar
PAULISTA Criticado por dribles, atacante terá três na marcação hoje
Medo de marcar Neymar? Os defensores não assumem, mas reconhecem que encarar uma disputa com o atacante santista não é normal.
Três zagueiros vão enfrentá-lo hoje pela primeira vez. Kadu, Carlinhos e Rafael Andrade, do Bragantino, encaram o Santos, às 19h30, em Bragança Paulista, pela terceira rodada do Paulista.
O clima é de ansiedade, pelo menos até o apito inicial. Os dribles de Neymar preocupam, ainda mais após ele apresentar um novo repertório contra o Botafogo, na última rodada, na Vila.
Os lances chegaram a irritar o atacante Nunes, uma das vítimas do santista, que disse ter pensando "em dez motivos para não quebrá-lo".
"Aceitar ou não vai de cada jogador. Concordo em parte com o Nunes. A diferença é se ele dá um drible no início ou no final do jogo. Ele costuma fazer isso com o placar elevado", disse Kadu.
"No último jogo, ele passou um pouco do ponto. Se fosse clássico, poderia dar briga", acrescentou.
A declaração de Kadu é parecida com a dos companheiros. Eles dizem que é preciso atenção na marcação para não dar liberdade para o camisa 11 santista brilhar.
"Tem de chegar duro. Ele tem muitas cartas na manga e isso dificulta para o marcador", disse Raphael Andrade.
A polêmica com o estilo de jogo de Neymar não é nova. Ele já irritou o zagueiro Chicão, do Corinthians, por aplicar um chapéu com o jogo parado em 2010, e Cicinho, ex-lateral do Palmeiras, por uma sequência de dribles em 2011.
Até mesmo o meia Cícero, hoje no Santos, sofreu quando defendia o São Paulo. Ao ser expulso no Paulista-2012, ele disse ter ouvido de Neymar "tchau e bênção".
Os zagueiros também reconhecem que faltas em Neymar recebem outro peso.
"Se fizermos a mesma falta em qualquer outro jogador, não tem repercussão. Pelos holofotes estarem nele, a coisa repercute negativamente", disse Carlinhos.
