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Principal torneio do Brasil 'esconde' os seus tenistas

TÊNIS
Jogadores do país são relegados a quadra secundária em São Paulo

FERNANDO ITOKAZU DE SÃO PAULO

A rodada de sexta-feira do Brasil Open teve ontem quatro jogos de simples na quadra central, sem tenistas brasileiros, e duas partidas de duplas, com três representantes do país, na quadra 1.

No primeiro jogo no ginásio Mauro Pinheiro, onde ficam as quadras secundárias, Bruno Soares se classificou para sua terceira final seguida do torneio brasileiro.

Campeão em 2011 com Marcelo Melo e em 2012 com o americano Eric Butorac, Soares joga agora ao lado do austríaco Alexander Peya.

Ontem, eles precisaram salvar dois match points para derrotar o austríaco Oliver Marach e o argentino Horacio Zeballos com parciais de 3/6, 7/6 (10/8) e 12/10. "Tem dia que tem que ser na raça."

Soares, que é o 19º colocado do ranking mundial de duplas e foi campeão nas duplas mistas no Aberto dos EUA, já havia dito estar "desapontado com a falta de carinho" da organização do único torneio de primeira linha da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) disputado no Brasil.

Sua partida pelas quartas de final anteontem foi disputada na quadra 1 no mesmo horário da partida de estreia em simples do espanhol Rafael Nadal, na quadra central.

"Não tem como competir com o Nadal. Nem quero, mas merecemos mais respeito."

Questionado sobre o assunto após avançar à final e se assegurar na central -a final é amanhã após a decisão de simples-, Soares não quis retomar a discussão.

"Mas tenho que treinar um pouco lá. Faz uma semana que não piso naquela quadra. Estou só no fundão", afirmou o tenista brasileiro.

Após o jogo de Bruno Soares, os brasileiros Thomaz Bellucci e João Souza, o Feijão, perderam dos italianos Simone Bolelli e Fabio Fognini por 6/4 e 7/6 (7/4).

O Mauro Pinheiro fica afastado do ginásio do Ibirapuera. É preciso contornar o estádio de atletismo do complexo. Quando chove, o que é normal nesta época do ano em São Paulo, formam-se poças de água no caminho, que sofre também com o barro. Parte do trajeto também não conta com iluminação.

Além disso, as instalações para a torcida são precárias. As arquibancadas liberadas não contam com cadeiras. A visão de parte da quadra é ruim ou obstruída, dependendo do local, e houve relatos de ratos no local.

Foi no Mauro Pinheiro, que tem capacidade para 1.500 pessoas, que uma das linhas se despregou da quadra 2, que foi vetada para jogos.

A organização afirma que o local recebeu a devida aprovação da ATP.

Já a entidade responsável pelo circuito masculino divulgou estar trabalhando com a organização para solucionar os problemas do evento.


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