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Libertadores

Corintianos detidos serão indiciados sob suspeita de homicídio

Responsável pelo caso afirma que conclusão da investigação pode levar até seis meses

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

Os 12 torcedores do Corinthians presos anteontem na Bolívia sob suspeita de envolvimento na morte de Kevin Douglas Beltrán Espada, 14, vão responder por homicídio.

A polícia de Oruro informou que vai pedir o indiciamento dos brasileiros, que teriam acertado com um tiro de sinalizador o boliviano durante a partida de estreia na Libertadores do atual campeão contra o San José.

Dois dos corintianos estão em situação mais delicada. Eles portavam sinalizadores similares ao que atingiu o jovem e responderão pela autoria do homicídio. Os demais, por enquanto, vão responder como cúmplices.

Ainda não existe previsão para julgamentos dos pedidos de liberdade provisória. Enquanto isso, o grupo permanecerá preso na Bolívia.

Segundo Abigail Saba, responsável pela investigação, a apuração do caso deve demorar até seis meses.

Após os incidentes ocorridos no estádio Jesús Bermúdez, em Oruro, no jogo válido pela primeira rodada da Libertadores, 12 corintianos foram presos sob suspeita deterem atingido e matado Espada com um sinalizador.

Os torcedores, detidos com mais nove sinalizadores, foram interrogados pela promotoria e submetidos a um teste para detectar a presença de pólvora em suas mãos.

Os exames serão enviados para Sucre. Os resultados devem sair em 15 dias.

"Podemos dizer que o sinalizador foi atirado pela torcida do Corinthians, mas não dá para ter certeza plena se realmente foi um dos que estão presos [o responsável pela morte]. Só vamos saber quando as investigações acabarem, em seis meses", falou Saba, por telefone, à Folha.

As leis bolivianas proíbem a entrada de fogos de artifício ou qualquer artefato com pólvora nos estádios do país. A Conmebol e a Fifa também vetam esses utensílios nas arenas em suas competições.

Saba afirmou que é cedo para dizer se os corintianos, caso seja comprovada a participação deles na morte, responderão por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) ou culposo.

"Ainda estamos vendo isso. Mas houve uma vítima. Temos que valorizar a vida."

A legislação boliviana prevê penas de cinco a 20 anos de prisão por assassinato.

A pena, segundo ela, precisa ser cumprida no próprio país, a menos que aconteça uma intervenção diplomática do governo brasileiro.

O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, disse que o clube não financiou nem a viagem nem a entrada dos torcedores na Bolívia. "Nossa relação com a torcida é igual a dos outros clubes."


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