Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Esporte

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Boliviano, The Strongest pede clima de paz no Brasil

LIBERTADORES
São Paulo também tenta escapar de ar político da partida

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

Adversário do São Paulo pela Libertadores, o Strongest deseja que o confronto de hoje, às 21h30, seja apenas uma partida de futebol.

O clube boliviano vem ao Brasil pregando clima de paz. Oito dias atrás, Kevin Espada, 14, torcedor San José morreu após ser atingido por sinalizador atirado por um corintiano no jogo em Oruro.

A diretoria do time de La Paz quer evitar ao máximo que o encontro desta noite ganhe conotações políticas ou diplomáticas e diz não temer nenhum tipo de represália vinda da torcida brasileira.

"O que aconteceu lá foi muito grave, um boliviano perdeu a vida. Tudo ficou em segundo plano. Aqui, com certeza, será diferente. Viemos jogar uma partida de futebol", disse o diretor de futebol do clube, Carlos Casso.

Na semana passada, torcedores do San José fizeram coro de "assassinos" contra jogadores do Corinthians após Kevin morrer ainda no estádio Jesús Bermúdez.

A morte do jovem sensibilizou a opinião pública boliviana, e a punição aplicada pela Conmebol ao time brasileiro (jogar com os portões fechados) provocou a revolta de parte dos corintianos.

Doze torcedores do clube paulista estão presos na Bolívia desde então. Eles foram indiciados por homicídio.

"O Strongest não tem nada a ver com isso. Pedimos, sim, uma segurança maior, mas igual à que sempre pedimos quando jogamos no exterior", completou Casso.

O São Paulo também não tem nenhuma intenção de dar um tom político à partida.

Prestará só a homenagem de um minuto de silêncio pela morte de Kevin que foi recomendada pela Conmebol.

O hino da Bolívia também deve ser tocado antes do apito inicial. A intenção do clube é executar os hinos dos países dos adversários em todos os jogos que fizer como mandante na Libertadores.

"Vamos receber o Strongest como recebemos o Bolívar dias atrás [pela fase preliminar], fidalgamente. Para nós, não existe guerra nenhuma. Futebol é entretenimento", afirmou o vice de futebol João Paulo de Jesus Lopes.

Para outros dirigentes são-paulinos, as homenagens a Kevin têm de ser bem pensadas, porque qualquer manifestação maior de apoio seria deselegante e soaria como provocação ao Corinthians, arquirrival são-paulino.

Se a partida no Morumbi será apenas mesmo mais um jogo de futebol, como querem os dois clubes, ela será decisiva para a equipe da casa.

Derrotado pelo Atlético-MG na estreia na fase de grupos, o São Paulo sabe que um tropeço ante o Strongest, em tese o adversário mais fraco da chave, seria desastroso.

"Nesta forma de disputa, com quatro no grupo, vencer em casa é obrigação. Precisamos dessa competência. Não podemos deixar de lado essa obrigação, porque precisamos buscar os três pontos", disse o técnico Ney Franco.

NA TV
São Paulo x The Strongest
21h30 Fox Sports


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página