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Entrevista Andres Sanchez

Corinthians deve receber punição, e os outros também

Ex-presidente do clube diz que sanção pode melhorar o futebol se penas forem aplicadas a outras equipes

EDUARDO OHATA MARTÍN FERNANDEZ DE SÃO PAULO

Ex-presidente do Corinthians, Andres Sanchez apoia a pena imposta pela Conmebol ao clube na Taça Libertados, desde que outras agremiações também sejam punidas. Ele cita, por exemplo, a confusão entre torcedores no jogo entre Peñarol e Vélez no meia da semana.

Frequentador de arquibancada, Sanchez diz que os torcedores que entraram anteontem no Pacaembu com liminares são "ridículos".

O ex-diretor de seleções da CBF ataca José Maria Marin e Marco Polo Del Nero, dupla que manda na entidade.

A seguir, trechos da entrevista do cartola à Folha.

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Folha - O que você achou da punição ao Corinthians?

Andres Sanchez - Se valer para todos os clubes, se servir para moralizar a competição, acho perfeito. Se for de mentira, de fachada, é ridículo. O Corinthians tem que pagar, mas os outros também têm. Quase teve morte entre Peñarol e Vélez [pela Libertadores, após a morte do adolescente na Bolívia] e até agora não saiu nenhuma punição lá.

O que acha dos torcedores que conseguiram entrar no Pacaembu com liminares?

Como corintianos, foram ridículos. Respeito que busquem seus direitos, mas podem prejudicar o clube.

A morte do garoto boliviano pode mudar a relação dos clubes com as organizadas?

Posso falar pelo Corinthians, que não paga, não financia viagem, não ajuda. Eles só têm preferência na compra de ingressos, como os que estão no Fiel Torcedor.

A Gaviões da Fiel tem que pagar pela morte do garoto?

Tem jornalista que matou a mulher com sete tiros e nem todos os jornalistas devem pagar. Assim como tem polícia que mata, político ladrão, a culpa não é de todos.

Por que você saiu da CBF?

Porque quem me colocou lá [Ricardo Teixeira] já tinha saído. E José Maria Marin e Marco Polo Del Nero quiseram tirar o Mano [Menezes, técnico da seleção] e fui contra. Saí porque acertaram com o Felipão sem eu saber.

Eles te consideravam uma ameaça dentro da CBF?

Não. Mas talvez o Marco Polo [presidente da Federação Paulista de futebol e vice da CBF] se incomode que digam isso. A minha decepção maior não é com o Marin, a quem eu pouco conhecia antes, mas com o Marco Polo, com quem convivi durante anos em São Paulo.

Você se arrependeu de ter ficado na CBF?

Com certeza. Deveria ter saído quando eles assumiram. Mas me fizeram um pedido para eu ficar. E eu entendi que podia ajudar na seleção. Mas eu só tinha a perder.

Você tinha autonomia para marcar os amistosos?

Isso nem eles têm. É a empresa que tem os direitos. Todos esses jogos de agora já estavam agendados.

O que mudou na CBF?

O estilo de administração.

Para pior?

O tempo é que vai dizer. Na minha opinião, esse não é o destino correto. Mas eu não sou o dono da verdade.

Marin falava que queria ver a lista de convocados da seleção do Mano Menezes...

Isso é um tipo de covardia. Na última convocação [a primeira de Luiz Felipe Scolari na seleção] teve jogadores desconhecidos, mas ninguém fez brincadeira. Eu nunca vi nenhuma sacanagem na seleção.

E da porta para dentro, Marin interferia, dava palpite?

Nunca, nada. Nem em convocação, escalação, nada.

E o Ricardo Teixeira?

Não queria nem saber.

Qual foi a última vez que você falou com Teixeira?

No Natal, ele me ligou para dar feliz aniversário [nasceu em 24 de dezembro]. Não falamos sobre futebol.

Ele é influente ainda?

Ele é consultor da CBF, não é isso que o Marin fala?

Você será candidato a presidente da CBF em 2014?

Não trabalho com essa hipótese neste momento. Mas o futuro a Deus pertence.

Você apoia algum candidato?

Contra eles? Qualquer um do mundo do futebol.

Você é candidato a presidente do Corinthians em 2015?

Não. Não sou.

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"Como corintianos, [os torcedores que conseguiram liminar para ir ao Pacaembu] foram ridículos. Respeito que busquem seus direitos, mas podem prejudicar o clube"


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