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Defesa responsabiliza torcedor e segurança por morte
DE SÃO PAULONa defesa encaminhada ontem à Conmebol contra a punição de jogar a Libertadores com portões fechados, o Corinthians diz que os culpados pela morte do torcedor boliviano Kevin Espada, 14, são quem lançou o sinalizador que atingiu o garoto e quem permitiu a entrada do artefato no estádio em Oruro.
Nas 16 páginas da defesa enviada no fim da tarde de ontem por e-mail ao Tribunal de Disciplina da Conmebol, o Corinthians equipara a "infração" em Oruro a condutas de torcedores em outros seis jogos desta edição da Libertadores, que foram listados com fotografias no arquivo.
Um dos casos é a partida entre Millonarios, da Colômbia, e Tijuana, do México -times do mesmo grupo do clube paulista-, na qual uma pilha atirada da arquibancada atingiu a cabeça de um dos assistentes do árbitro.
"O Corinthians aceita receber a mesma pena que esses clubes receberem porque responde pelo ato do torcedor que lançou o sinalizador e não pela morte do garoto. Por isso, acreditamos que a pena aplicada de jogar com portões fechados é muito rigorosa".
Segundo Santoro, o clube alvinegro abriu mão de uma audiência na sede da Conmebol, em Luque, no Paraguai, para acelerar o julgamento do caso. A expectativa é de que ocorra semana que vem.
O clube pede que o tribunal reconsidere a medida cautelar que o obrigou a jogar com portões fechados na competição antes da próxima partida no Pacaembu, contra o Tijuana, no dia 13.
"Nosso maior objetivo é jogar no Pacaembu com portões abertos", disse. Segundo o clube, o prejuízo é de R$ 3 milhões por jogo.
LIMINAR
Santoro disse ainda que o clube não teme nova punição da Conmebol por causa da entrada dos quatro torcedores no jogo contra o Millonarios. O grupo conseguiu acesso ao Pacaembu graças a uma liminar na Justiça.
"O Corinthians não teve nenhum benefício com a entrada deles. Inclusive tentou demovê-los da ideia", disse. Ontem, o presidente do clube, Mário Gobbi, ligou para o presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, para explicar o episódio.
