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Hernanes se candidata a fazer 'trabalho sujo' e ser marcador

SELEÇÃO
Famoso pela técnica, meio-campista diz que pode ser volante no estilo de Felipão

MARTÍN FERNANDEZ ENVIADO ESPECIAL A GENEBRA

A seleção que enfrenta a Itália na quinta-feira vai ser bem diferente da que perdeu para a Inglaterra há um mês.

A maior mudança será no meio, com volantes mais marcadores, como deseja o técnico Luiz Felipe Scolari.

Nesse contexto, Hernanes, 27, se apresenta. "Eu posso fazer o trabalho sujo à frente da zaga", disse à Folha, antes de se apresentar à seleção ontem, em Genebra, na Suíça.

Sem a concorrência de Paulinho e Ramires, cortados por lesão, é provável que Hernanes seja titular. Ele já havia sido convocado para a estreia de Felipão, contra a Inglaterra, mas ficou fora por uma pancada na cabeça. A seguir, trechos da entrevista.

Folha - A seleção completa, com os europeus, só faz dois jogos antes da convocação para a Copa das Confederações. Dá tempo de convencer o treinador?
Hernanes - Eu espero que sim. Meu objetivo é estar lá, me misturar à seleção, ser um nome mais presente. Vão ser jogos contra times importantes [Itália e Rússia] e isso é motivador.

Já se imagina jogando os grandes torneios no Brasil?
Na Copa das Confederações me imagino dentro. Anos atrás, um amigo do Recife me convidou para o casamento dele, em junho de 2013. Eu falei: "Infelizmente não vou, porque vou jogar a Copa das Confederações" [risos]. A ver, tomara que aconteça.

Você já jogou em todas as posições do meio. Em qual se sente mais à vontade?
Minha posição é segundo volante. Já fui mais avançado, mais recuado. Pelas minhas características, me sinto mais confortável vindo de trás, de segundo volante. Faço o trabalho sujo à frente da zaga, sem problema.

Essa versatilidade pode ter te atrapalhado na seleção?
Isso me ajudou muito no começo da carreira, foi o que ajudou a me firmar no São Paulo. Mas também tem esse outro lado, alguns treinadores me viam como volante, outros como meia. Mas agora passou, estou jogando na minha posição certa na Lazio.

Embora seja convocado desde 2008, você nunca teve sequência na seleção. Por quê?
Faltou eu ganhar a confiança dos treinadores [Dunga e Mano]. Agora estou há algum tempo na Europa, tenho mais experiência, maturidade, mais bagagem.

Você conseguiu ver o jogo entre Brasil e Inglaterra?
Não, ainda estava me recuperado da contusão.

Depois de perder um jogo do Brasil por lesão, você tirou o pé, tomou mais cuidado?
Eu não tenho medo de me machucar. Se você entra em campo com esse estado mental de se poupar, de administrar, é mais perigoso. Cancelo esse pensamento e vou com tudo. Quando se joga com convicção, tudo vai bem.

Tem planos de voltar para o Brasil?
Ainda quero conquistar títulos na Europa. Penso em mais uns cinco anos aqui.

Neymar deve jogar na Europa?
Eu acredito que sim. Ele já conhece todos os zagueiros do Brasil, já sabe os caminhos. Seria muito válido enfrentar outros adversários, outros tipos de marcação. Com certeza ele iria crescer.

Acompanhou os casos de violência de torcida no Brasil? Como é isso na Itália?
Aqui não estamos muito longe. Quando cheguei, o time estava brigando para não cair e quebraram carro de jogador, é parecido com o Brasil. A torcida incentiva bastante, mas cobra bastante, a ponto de ser um pouco violenta. São coisas que entristecem, é uma pena, tem que haver um limite.


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