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Obra elege Bienal de 98 como destaque

Exposição de São Paulo é uma das 25 melhores mostras realizadas entre 1962 e 2002, segundo novo livro inglês

'Bienal da Antropofagia' teve Paulo Herkenhoff como curador e foi organizada em torno de um tema central

FABIO CYPRIANO DO CRÍTICO DA FOLHA

A 24ª Bienal de São Paulo, organizada por Paulo Herkenhoff em 1998, acaba de ser reconhecida como uma das 25 exposições mais importantes realizadas entre 1962 e 2002.

A conclusão está no livro "Biennials and Beyond - Exhibitions that Made Art History (1962 - 2002)", (Bienais e além - exposições que fizeram a história da arte), lançado agora em abril pela inglesa Phaidon e editado por Bruce Altshuler.

O autor é professor na Universidade de Nova York, na qual é diretor do programa de estudos sobre museus.

Ele foi o responsável por "Salon to Biennial" (Salão até Bienal), uma compilação de 24 exposições essenciais, realizadas entre 1863 a 1959, publicada pela Phaidon, em 2008.

Com os dois volumes, pode-se dizer que a 24ª Bienal encontra-se entre as 49 mais importantes exposições já realizadas, ao menos segundo Altshuler.

CURADORES

Enquanto no primeiro volume estão listadas, basicamente, exposições organizadas por artistas, "Biennials and Beyond" aponta a importância que o curador assumiu, a partir dos anos 1960.

Nesse sentido, destaca-se a importância do suíço Harald Szeemann, responsável por duas das mostras selecionadas: "When Attitudes Become Form" (Quando atitudes viram forma), de 1969, e a Documenta 5, de Kassel, realizada em 1972.

Das 25 exposições selecionadas, a única criada por um artista é "Freeze", organizada pelo inglês Damien Hirst, em Londres, no ano de 1988, mostra que lançou a chamada Nova Geração Britânica.

Para cada uma das exposições selecionadas, Altshuler apresenta um vasto material fotográfico, além de textos de seus organizadores e ainda artigos críticos, publicados na época da realização das mostras.

No texto introdutório ao capitulo dedicado à 24ª Bienal de São Paulo, também chamada Bienal da Antropofagia, o autor aponta sua importância por, "pela primeira vez", no sistema de bienais, estar "organizada em torno de um tema central com um grupo de curadores internacionais".

Em 1998, conclui Altshuler, "o sonho de Matarazzo em tornar São Paulo o centro do mundo da arte se realizou". Curiosamente, na lista de 25 mostras, nenhuma foi dedicada a Veneza.

OUTRA OBRA

A 24ª Bienal também será tema de outra publicação estrangeira, que está sendo organizada pela editora Afterall, dentro da série "Exhibition Histories" (histórias das exposições), que já abordou outras quatro mostras.

Um dos coeditores da Afterall é Charles Esche, que acaba de ser anunciado curador da 31ª Bienal de São Paulo.

O livro sobre a 24ª edição deve ser publicado no próximo ano e está sendo organizado por Pablo Lafuente, que também está no time da 31ª Bienal.


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