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Crítica - Comédia

"Um Golpe Perfeito" desperdiça ótimo elenco em piadas sem graça

DO CRÍTICO DA FOLHA

Quando você pensa que o pior filme da semana é "Além da Escuridão "" Star Trek", surge esse "Um Golpe Perfeito" para arrebatar o trono.

E olha que o currículo dos envolvidos não sugere tamanho abacaxi: a direção é de Michael Hoffman ("A Última Estação") e o roteiro é de ninguém menos que os irmãos Joel e Ethan Coen.

Trata-se da refilmagem de uma comédia dos anos 60. O filme original já não era nenhum clássico, e trazia Michael Caine no elenco.

Aqui, Colin Firth ("O Discurso do Rei") interpreta Harry Deane, um especialista em arte que trabalha para um bilionário arrogante, Lionel Shahbandar (o ator Alan Rickman, de "Harry Potter").

Deane bola um plano mirabolante para arrancar uma fortuna de Shahbandar: com o auxílio de um falsificador de quadros (o veterano Tom Courtenay), ele forja um quadro de Monet e faz o bilionário acreditar que a obra está em poder de uma pobre família no Texas, Estados Unidos.

E contrata a caubói PJ Puznowski (Cameron Diaz), supostamente a dona do quadro, para participar do golpe.

Parece ridículo, e é mesmo. O filme desperdiça um ótimo elenco em uma direção frouxa e piadas completamente sem graça e previsíveis.

Colin Firth não demonstra talento cômico para segurar o filme, e os atores coadjuvantes batalham para ver quem soa mais caricato e falso. Cameron Diaz, com seu exagerado sotaque texano, vence a parada, seguida de perto por Stanley Tucci (de "O Diabo Veste Prada"), que faz um afetado crítico de arte.

Quanto aos irmãos Coen, é inacreditável que os mesmos sujeitos que escreveram "Fargo" (1996) e "Onde os Fracos Não Têm Vez" (2007) possam ter assinado esse "Um Golpe Perfeito".

Não é à toa que o filme, originalmente programado para estrear nos Estados Unidos em 2012, ainda nem tenha sido lançado no país, depois de fracassar em alguns mercados da Europa.


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