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Crítica terror

História de assombração de 'Invocação do Mal' é contada com estilo e humor

ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA

A julgar por alguns lançamentos recentes, parece que os diretores de filmes de horror do cinemão comercial de Hollywood estão deixando de lado os efeitos especiais exagerados e o 3D para se concentrar em boas histórias. Há algumas semanas, estreou "Os Escolhidos". Hoje é a vez de "Invocação do Mal", outro bom filme.

Dirigido por James Wan ("Jogos Mortais"), é mais uma história sobre exorcismo e uma casa assombrada por espíritos malignos, mas contada com estilo, clima e uma boa dose de humor.

O filme é inspirado em um caso supostamente real envolvendo Ed e Lorraine Warren, investigadores especializados em fenômenos paranormais e conhecidos pelo caso de Amityville, que gerou dois filmes, alguns livros e muitas acusações de charlatanismo.

"Invocação do Mal" se passa em 1971. O casal Perron --Carolyn (a ótima Lili Taylor) e Roger (Ian Livingston)-- se muda com as cinco filhas pequenas para uma velha mansão à beira de um lago. A família não demora a perceber que algo está errado com a residência: pássaros caem mortos no jardim, barulhos de passos são ouvidos à noite e todos os relógios da casa param de funcionar na mesma hora. Os Perron chamam Ed (Patrick Wilson) e Lorraine (Vera Farmiga) para ajudar, e o filme vira uma assustadora caçada ao demônio.

Muitos filmes do gênero cometem o erro de empilhar efeitos especiais por toda a história, o que tira o impacto do clímax. Mas o diretor James Wan mostra talento para criar um clima de suspense crescente com cenas simples e bem arquitetadas, incluindo uma envolvendo uma inocente brincadeira de cabra-cega.

O filme culmina em uma ótima sequência de exorcismo, aí sim, com muito barulho e efeitos especiais.

Wan é esperto e não tenta empurrar o filme como uma experiência "real", a exemplo de alguns filmes do gênero "found footage", como "Atividade Paranormal". Quem quiser acreditar, que acredite. O roteiro traz alguns diálogos engraçados e até ingênuos, que tornam a coisa toda meio cômica.

Quando perguntam aos Warren se basta sair da casa mal-assombrada para se livrar dos espíritos, eles dizem: "Demônio é que nem pisar em chiclete: você pode mudar de lugar, mas acaba levando ele junto."


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