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Uruguai hostil é cenário em 'The Militant'

Filme de Manolo Nieto é exibido neste mês no Festival de Toronto e em outubro na Mostra de Cinema de São Paulo

Destaque da nova cena cinematográfica do país, diretor trabalhou como assistente no celebrado 'Whisky'

DENISE MOTA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MONTEVIDÉU

Em seu primeiro filme, um estudante vai a um balneário próximo da fronteira com o Brasil e tem que construir sua própria casa por imposição do pai, cansado do mau desempenho acadêmico do filho.

Agora, Manolo Nieto --diretor de "La Perrera" (2006) e que leva ao Festival de Toronto seu novo "The Militant"-- vai ao campo e instala o desafio de um jovem militante que deve assumir as dívidas do progenitor, morto repentinamente. O filme será exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

"Interessa-me transportar dramas ao interior do país, sair de Montevidéu. É um território ainda muito pouco tocado pela cinematografia nacional. Encontro aí muito mais riqueza", diz o diretor.

Nieto, 40, é parte da cena cinematográfica uruguaia que resultou em filmes como "Whisky" (2004), de quem foi assistente de direção.

A produção, dirigida por Pablo Stoll e Juan Pablo Rebella, foi recentemente considerada o melhor longa latino-americano dos últimos 20 anos pelos festivais de cinema da região, em uma votação promovida pelo Festival de Valdivia, no Chile.

O filme (cujo título original é "El Lugar del Hijo") é coproduzido pelo argentino Lisandro Alonso, diretor minimalista que emergiu há uma década, durante a chamada "buena onda" do cinema do rio da Prata. O editor é o paulistano Pablo Riera, protagonista de "La Perrera".

Em sua odisseia por um Uruguai convulsionado pela crise econômica que atingiu o país em 2002, o protagonista de "The Militant", Ariel Cruz, deve abandonar a capital para inteirar-se dos negócios familiares, falidos, para os quais não possui talento nem interesse.

Com passo oscilante, encarna a ambiguidade e a tensão com que o filme flerta sem cessar. "Todos os lugares por onde passa são hostis", afirma Nieto. "Mas ele não se desvia do seu caminho."


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