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Crítica - Drama

Suspense com Regina Duarte não decola em estreia mundial

CAROLIN OVERHOFF FERREIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Bem-vindo Estranho", peça inédita de Angela Clerkin, mobiliza a narrativa tensional do suspense. Coloca em cena o relacionamento de amor e ódio entre Jaki (Regina Duarte) e Elaine (Mariana Loureiro), sua filha. A tensão se acirra quando essa jovem advogada traz para casa seu cliente Joseph (Kiko Bertholini), absolvido da suspeita de ter assassinado sua mulher.

O diretor, Murilo Pasta, procura criar incertezas sobre o potencial assassino ou situações de perigo com amplo uso de luz (Aline Santini) e som (Marcelo Pellegrini). No entanto, o conflito entre os três --Jaki gosta de humilhar Joseph sobre seu passado, Elaine sofre com isso e com dependência da mãe--, que seria o motor do suspense, não decola.

Duarte não trabalha nem a maldade da genitora amoral nem sua ambivalência. Em vez de interpretar uma mulher de classe baixa que não para de projetar seus ressentimentos, é divertida, elegante e bem-disposta, o que rende risadas, mas não cria tensões.

Loureiro faz o papel de uma filha certinha que só ganha profundidade quando se rebela. O verdadeiro passado de seu par romântico é insinuado rápido demais. O personagem dele não possui a espessura necessária para fazer o público duvidar sobre os acontecimentos futuros, que surgem previsíveis.


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