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Cibelle lança CD dançante e propõe 'desligar o cérebro'

Ela diz que pela primeira vez consegue cantar em estúdio como faz em shows

'Unbinding', quarto álbum da brasileira radicada em Londres, exibe voz sensual por cima de sintetizadores

MARCELO FERLA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Cibelle vive há 11 anos em Londres e resolveu assumir o fato. "Eu me sinto londrina no comportamento, vejo isso quando vou para o Brasil e levo uma semana para cair na vibe'."

O eletrônico e sofisticado "Unbinding", quarto álbum da cantora brasileira de 35 anos, todo cantado em inglês, reflete essa vibração.

Produzido pelo DJ de electro Klose, é movido por sintetizadores hipnóticos que produzem um R&B futurístico e com ecos do velho UK garage, mas uma sensualidade incomum na receita inglesa. É a voz de Cibelle, mais solta, que faz a diferença.

"Cantei como faço nos shows pela primeira vez. No estúdio eu fico meio travada. Estou cantando com um motivo, me importo com o que está acontecendo no mundo."

As motivações da artista, que está cursando mestrado em pintura na Royal College of Art, de onde falou com a Folha, são a arte e a espiritualidade. "A música é parte de minha expressão como artista plástica. É o tipo de instalação mais supremo, em que você pega as pessoas por todos os lados".

Cibelle descreve "Unbinding" como "um disco bem escultural e com muito silêncio, mas que também funciona de maneira mais simples, para a pista de dança". A obra é influenciada pela filosofia vedanta, focada na autorrealização.

"A ideia é desligar o cérebro, virar um espelho para a existência, ficar holístico. São ensinamentos que estão permeando a cultura do mundo. Na narrativa do disco eu trabalho o desapego das mais variadas maneiras."

Fã do presidente uruguaio Mujica, a cantora é entusiasta das mudanças provocadas pela internet. "Está todo mundo conectado e a verdade está vindo à tona". Ela estava em São Paulo nos primeiros protestos de junho e se diz esperançosa.

"A gente tem que olhar para si e se transformar para transformarmos quem está à volta. Mas só criticar não adianta, ou você fica generoso ou o mundo não vai mudar."


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