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Paco de Lucía volta a fazer turnê no Brasil após 16 anos

Violonista se apresenta em SP, Rio e Porto Alegre com seis músicos e um bailarino

Novo disco deve sair até o Natal, com canções que o instrumentista ouvia durante infância no sul da Espanha

GIULIANA DE TOLEDO DE SÃO PAULO

"Isso de ficar fazendo exercícios no violão é muito chato, me deixa nervoso, me perturba." Quem ouve pensa que a frase vem de um adolescente que aprende a tocar por obrigação. Mas quem diz isso é Paco de Lucía, 65, lenda viva do violão flamenco.

A partir dos anos 1960, Paco revolucionou o flamenco, "uma música de museu", com a introdução de novas influências, como o jazz e a bossa nova.

"Abri uma porta para que entrasse ar, com muito respeito à tradição, mas não obediência, o que é muito diferente", explica. "Por que contar as coisas com dez palavras se você pode usar cem?", diz sobre a mistura de ritmos que aprecia.

O espanhol, que há 16 anos não vinha ao Brasil --"é muito longe", diz ele, que se acostumou a tocar na Europa--, faz show nos próximos dias no Rio (com ingressos esgotados), em Porto Alegre e em São Paulo. Nesta turnê, vem acompanhado por seis músicos e um dançarino, Antonio Fernández Montoya (conhecido como El Farru).

A negação dos exercícios tradicionais não significa, no entanto, indisciplina. Paco é rigoroso antes dos shows (sempre chega duas horas antes para aquecer as mãos no instrumento) e na gravação de novos álbuns.

O próximo, aliás, com o nome provisório de "Canción Andaluza", está pronto e deve sair até o Natal. Baseado em canções que ouvia no rádio infância na Andaluzia, é um projeto de longa data. "Porque não é fácil fazer algo ser simples e grande ao mesmo tempo."


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