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Banda The National volta mais suave e acessível em sexto disco

Canções incluem participação de Sufjan Stevens e St. Vincent

CARLOS MESSIAS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Todo animal amansa com o tempo e isso também vale para músicos --como a banda americana The National, cujo sexto álbum, "Trouble Will Find Me", foi recentemente lançado no Brasil.

As canções do grupo ainda induzem à introspecção, em grande parte graças aos vocais do barítono Matt Berninger, mas agora soam mais suaves e acessíveis. Assim como as letras, cada vez mais distantes do byronismo do segundo disco, "Sad Songs for Dirty Lovers" (2003).

"Sou romântico, gosto de melodrama. É onde normalmente manifestamos nossas maiores inseguranças, mas também como vivemos nossos maiores amores", diz Berninger, 42, à Folha.

Hoje um pai de família, ele afirma que, de dois discos para cá, tem carregado menos na tinta. "Quando era mais jovem e inseguro, havia sempre aquele desespero romântico, talvez até raiva. Especialmente em canções como Available' ou Cardinal Song'. Me sinto muito feliz por ter superado aquela fase."

O saldo é positivo musicalmente. Com arranjos sofisticados, "Trouble Will Find Me" tem sonoridade grandiosa. É nítido que o grupo amadureceu e isso se refletiu nas críticas, em sua maioria positivas, e no desempenho do disco, que atingiu a terceira posição das paradas no Reino Unido e nos EUA.

No entanto, como fica claro em faixas como "Sea of Love", o grupo segue abusando da fórmula de compor em crescendo, dinâmica à qual recorre desde o primeiro álbum. "Isso faz com que, por mais que as canções tratem de temas pesados, acabem soando catárticas e inspiradoras",conta o barítono. "É algo que usamos bastante."

O último disco tem diversos convidados, como as musas indie St. Vincent e Sharon van Etten, Richard Reed Parry, do Arcade Fire, e Sufjan Stevens, que toca piano, sintetizadores e bateria eletrônica.

"Trabalhamos em parceria com Stevens há muitos anos. Não é como chamar o Jay Z só para vender mais discos", brinca Berninger.


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