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Roteiro de SP ganha seis teatros em 2014
Após reformas, três salas da prefeitura serão devolvidas à cidade; região da Faria Lima concentrará grandes palcos
Reformas de espaços públicos custaram entre R$ 7,5 mi e R$ 12 mi; acessibilidade é a maior preocupação
O circuito teatral de São Paulo vai ganhar ao menos seis salas neste ano. São teatros cujas capacidades vão de 300 a 1.200 lugares.
Três dessas salas já existiam, mas foram fechadas pela prefeitura para reformas no final de 2011.
Os teatros Paulo Eiró, Arthur Azevedo e Flávio Império voltam à atividade já no primeiro semestre.
Além deles, somam-se ao roteiro outros três novos palcos, cujos projetos contam com recursos de empresas privadas.
Eles abrirão suas portas na região da avenida Faria Lima, onde já funciona o teatro do Instituto Tomie Ohtake.
Dois desses teatros ficarão em shoppings (JK Iguatemi e Vila Olímpia) e assumem perfis bem distintos dos teatros da prefeitura.
Localizados em bairros e ligados à rede da Secretaria Municipal de Cultura, os três teatros públicos devem investir em programação que abarca companhias teatrais estáveis e estão de olho na diversidade de linguagens.
Já os teatros da Faria Lima, todos com capacidades acima de 600 lugares, ganham o contorno comercial do principal polo financeiro da cidade. Musicais são, ali, fortes candidatos à programação.
ACESSIBILIDADE
As reformas dos teatros públicos envolveram orçamentos robustos, entre R$ 7,5 mi (caso do Flávio Império) e R$ 11,8 mi (Paulo Eiró). Modernizados, estão agora aptos a receber cadeirantes e obesos.
A Folha visitou os três edifícios, cujas obras ainda não foram finalizadas. Além de resolver os problemas de acessibilidade e a promessa do fim de infiltrações, os projetos preveem adequação estrutural e tecnológica.
O palco do Flávio Império ganhou novos camarins e um pé-direito mais alto, o que permite apresentações circenses. Nos três, há instalação de cabines para traduções simultâneas, possibilitando descrição para cegos.
O recurso já é utilizado pelo teatro Vivo, localizado na região da avenida Luiz Carlos Berrini.
Os novos vizinhos da Vila Olímpia também anunciam projetos similares.
Entre as salas privadas, a primeira inauguração será o teatro do Shopping Vila Olímpia, com administração de Frederico Reder.
A abertura, prevista para o primeiro semestre de 2014, tem custo estimado em R$ 30 milhões.