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Crítica comédia

Clássico teen nacional chega renovado às telas de cinema

Depois de levar 'Confissões de Adolescente' à TV, Daniel Filho dirige filme

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

"Confissões de Adolescente", depois de surgir no teatro e ter versões de livro e série de TV, chega ao cinema como a primeira comédia brasileira em muito tempo que não parece adaptação ordinária de um programa do Multishow.

Bem escrito, bem dirigido e muito bem interpretado por elenco jovem e homogêneo, o filme pode atingir um público muito mais amplo do que a faixa da garotada que retrata.

Baseado nos diários da atriz e escritora Maria Mariana --que integrou o elenco da peça (1992) e da série de TV (1994)--, o roteiro de Matheus Souza é esperto o bastante para inserir a narrativa nestes tempos de redes sociais. Os recursos visuais para "linkar" as cenas com as mensagens de texto são divertidos.

O mote do filme não foge do original: o dia a dia de quatro irmãs criadas pelo pai. Na trama desta vez, um aperto financeiro pode fazer a família trocar o condomínio classe média por um lar mais modesto.

Então as garotas resolvem ajudar o pai a reduzir despesas e ganhar, cada uma de seu jeito, algum dinheiro extra.

A mais velha, Tina (Sophia Abrahão), já mora em outro apartamento, perto da faculdade, mas também entra no mutirão, enquanto tenta se entender com o namorado.

Em casa, a irmã que se revela empreendedora é a caçula, Karina (Clara Tiezzi), que conserta computadores e ensina informática aos vizinhos.

As irmãs do meio, Bianca (Bella Camero) e Alice (Malu Rodrigues), encaram os dramas mais pesados da história, do bullying à gravidez inesperada, passando pelas disputas de popularidade.

Entre muitas ideias engraçadas, as gargalhadas são provocadas por um coadjuvante, João Fernandes, que faz o papel do garoto Felipe.

Equivocadamente, ele acha que Karina é fissurada por "Crepúsculo" e, para conquistá-la, faz de tudo para ficar parecido com Edward, o vampiro bonitão da saga, e cai em situações absurdas.

Destoando, Cássio Gabus Mendes não reprisa no papel do pai a empatia que Luiz Gustavo conseguiu na TV.

Ao final, fica a impressão de que Daniel Filho, que dirige o filme em parceria com Cris D'Amato, preserva intacto o carinho que tem por esses personagens, desde que viu a peça nos anos 1990 e criou o seriado para a TV.

"Confissões de Adolescente", na tela grande, tem momentos de cinema refinado, algo comum quando Daniel Filho está inspirado.


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