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Museu de R$ 80 milhões, aberto em 2013, tem rachaduras e falha no piso

Museu de Arte do Rio foi criado por parceria da prefeitura com a Fundação Roberto Marinho

Prédios ficam em terreno que está sendo escavado e dinamitado para obras do projeto de revitalização do porto

MARCO AURÉLIO CANÔNICO DO RIO

Inaugurado em março do ano passado, o MAR (Museu de Arte do Rio) está com rachaduras de extensões variadas em diferentes áreas da construção e com uma parte do seu piso afundada no hall de saída do pavilhão de exposições, o prédio principal.

Erguido ao custo de R$ 79,5 milhões, o museu pertence à Prefeitura do Rio e fica na praça Mauá (centro).

As rachaduras estão em vários pontos, como no teto da cabine onde fica a bilheteria e o guarda-volumes, numa guarita de segurança e, no caso mais crítico, no hall de saída do prédio principal.

Neste local, o afundamento do piso é nítido, podendo ser visto nas portas de saída, que ficaram tortas.

ESCAVAÇÕES

Parceria da Prefeitura do Rio com a Fundação Roberto Marinho, à qual o município destinou cerca de R$ 62 milhões por serviços nos dois prédios do museu, o MAR fica em cima de um terreno que está sendo escavado e dinamitado.

As escavações estão sendo feitas para criar o Túnel do Binário (com 1.480 metros de extensão), uma das principais obras do bilionário projeto de revitalização da zona portuária carioca, o chamado Porto Maravilha.

Questionadas pela Folha, nem a Concessionária Porto Novo, responsável pelas obras do Porto Maravilha, nem a Fundação Roberto Marinho esclareceram se os problemas no museu estão relacionados à escavação do túnel ou a outras explosões na região, como a feita para demolir o elevado da Perimetral (a cerca de 1 km do MAR).

"Não é possível afirmar ainda conclusivamente que o afundamento de parte do pavimento do MAR foi causado pelas obras do túnel", disse Geraldo Filizola, engenheiro e projetista estrutural do museu.

Em nota enviada por e-mail, a fundação disse que "as equipes técnicas da Fundação Roberto Marinho, responsável pela concepção do projeto, e da Prefeitura/Cdurp, responsáveis pela execução das obras do Túnel Binário, estiveram em contato durante toda a construção do Museu de Arte do Rio para garantir a sinergia entre essas duas importantes obras para a revitalização da região portuária."

Também por e-mail, a Porto Novo disse que "são realizadas vistorias cautelares nos imóveis no entorno do projeto, assim como o monitoramento por instrumentos específicos".

LAUDO TÉCNICO

Segundo a fundação, os problemas foram detectados em outubro passado e, desde então, "estão sendo monitorados pela equipe técnica da Fundação Roberto Marinho, pelo projetista estrutural do projeto e também por uma empresa especializada de consultoria".

"O laudo apresentado concluiu que as trincas encontradas nas paredes internas do prédio de exposições do MAR são trincas na alvenaria, provenientes da acomodação do solo ocorrida após a conclusão das obras, já que se trata de construções de épocas diferentes --a marquise tombada da reserva técnica, o prédio de exposições e a nova estrutura do hall de saída do mesmo prédio", diz o comunicado.

Na mesma nota oficial, a fundação informa que as "trincas observadas não possuem características estruturais e não atingem as estruturas, limitando-se às alvenarias. Portanto, não apresentam risco para o prédio do museu, seus funcionários e visitantes. Os reparos já estão sendo providenciados".

No entanto, só após a conclusão do estudo que apontará as causas do problema será possível definir quem irá pagar pelos reparos, segundo a fundação.


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