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Crítica drama

Conflitos e descobertas de adolescente espelham questões da sociedade chilena

DO CRÍTICO DA FOLHA

Sai de cartaz a "Jovem e Bela", de François Ozon. Entra a "Jovem Aloucada", da estreante chilena Marialy Rivas. Em comum, além da proximidade do título, há a protagonista em conflito com a família por conta de sua sexualidade latente.

Se a personagem do francês Ozon era uma adolescente que se prostituía sem necessidade material para tanto, a chilena Daniela (Alicia Rodríguez) é uma garota de 17 anos que quer viver plenamente a descoberta sexual, mas entra em choque com a repressora mãe evangélica.

Expulsa do colégio por fazer sexo com outro aluno, a menina vai trabalhar, a pedido da mãe, em uma TV cristã --onde se apaixona ao mesmo tempo por um colega religioso (Felipe Pinto), que resiste à tentação da carne, e por uma outra colega (María Gracia Omegna) que prefere a cama à igreja.

A válvula de escape de Daniela é um site pessoal em que ela expõe publicamente seu conflito entre fé e desejo --e que foi inspirado em um blog real de uma adolescente chilena.

A direção de Marialy Rivas pode não ter a elegância e a sutileza de um Ozon, mas isso não chega a constituir um problema, já que seu objetivo é reproduzir a vitalidade e a dispersão típicas da adolescência --além da estética de blog, com sua colagem de textos e imagens intencionalmente poluída.

Ao seguir bem de perto sua protagonista peculiar, "Jovem Aloucada" consegue abordar as contradições de uma sociedade encurralada entre o conservadorismo e a libertação. Um país também adolescente, cheio de tesão e de travas. (RC)

JOVEM ALOUCADA
DIREÇÃO Marialy Rivas
PRODUÇÃO Chile, 2012
ONDE Espaço Itaú de Cinema - Augusta 3
CLASSIFICAÇÃO 18 anos
AVALIAÇÃO bom


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