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O beijo do Homem-Aranha
Em seu quinto filme, que estreia hoje, personagem se dedica mais a romance que ao enfrentamento dos vilões
O Homem-Aranha, uma das criações mais populares de Stan Lee na Marvel, volta aos cinemas mais confortável com sua vida de herói, mas com o desafio de saber que pode colocar as pessoas que ama em risco.
Em "Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro", que estreia hoje no Brasil, o jovem Peter Parker tem de escolher entre o que sente por sua namorada, Gwen Stacy, e a promessa feita ao pai dela de se afastar para protegê-la de sua rotina perigosa.
O namoro é um dos pontos centrais da produção e ocupa grande parte de seus 142 minutos --mesmo que o Homem-Aranha tenha que enfrentar três vilões.
"Peter ama muito Gwen, e sabe que seus inimigos podem usar isso contra ele. Ele tem de entender que terá de sacrificar partes da sua vida", diz Marc Webb, que dirige seu segundo filme sobre o herói.
Em 2012, o diretor reiniciou a franquia no cinema, após o fim da trilogia dirigida por Sam Raimi, de 2002 a 2007.
Webb explica que é fã da saga de Gwen nos quadrinhos, pois "ela ajudou a desenvolver a personalidade do Homem-Aranha". A morte da personagem, em 1973, iniciou um período mais sombrio nas publicações do herói.
"Você tem que valorizar o tempo que tem com aqueles que ama. Tempo é algo essencial. Este é o tema do filme."
Emma Stone, que interpreta Gwen, concorda. Para ela, o longa tem momentos doces e de humor entre o casal, mas o que importa são os conflitos.
"Com a morte do pai [no último filme], ela percebe que a vida passa muito rápido, que não se deve adiar nada. Se você ama alguém, não desperdice os momentos", diz.
Para equilibrar os problemas pessoais do herói, Peter está mais confiante quando veste o uniforme e aumenta o nível de piadas com os inimigos, uma de suas marcas registradas nos gibis.
"É como se fossem pessoas diferentes", diz Andrew Garfield, que vive o protagonista. "Como Peter Parker, ele tem todos os problemas que pessoas normais têm, mas, quando põe a máscara, é livre."
A veia cômica do herói cresce tanto que um palhaço foi consultor nas filmagens, o britânico Cal McCrystal --e Garfield buscou inspiração em comediantes como Charles Chaplin e Buster Keaton.
No filme, o herói continua a investigar o que aconteceu com seus pais, mortos em um acidente de avião durante sua infância, e enfrenta inimigos tirados dos quadrinhos.
"No começo do filme, Electro é apenas Max Dillon, uma pessoa normal, invisível, que foi traído por aqueles que ama, por seu trabalho e pela sociedade. Isso constrói um grande vilão", conta Jamie Foxx, que interpreta o personagem."Fica claro que ele é poderoso, que pode realmente desafiar o Aranha."
O ator integra o time de antagonistas formado também por Dane Dehaan, que faz Harry Orborn e seu alter ego, o Duende Verde, e Paul Giamatti, que ligou para Webb pedindo o papel de Rino.
O diretor está confirmado para "O Espetacular Homem-Aranha 3", previsto para 2016 nos EUA, mas não volta para o quarto capítulo da franquia, planejado para 2018.
