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Moda se apropria da estética das guerreiras

PEDRO DINIZ COLUNISTA DA FOLHA

Pelos, couro, brocados e cores sombrias. O visual de "Game of Thrones" já era moda antes de a série se tornar sucesso da TV americana.

Mas o look dos guardiões de Castle Black é hoje reeditado por grifes que adicionam à indumentária gótica referências de nômades de culturas ancestrais, a exemplo da celta, e um militarismo rebuscado, com cores de folhas secas e brilhos aplicados, recriando a estética medieval.

A série da TV guia, mesmo que de forma não declarada, temporadas como as de inverno 2015 da grife francesa Givenchy e da italiana Versace e as de verão 2014 do americano Marc Jacobs e da marca brasileira Animale.

Preto e vinho definem a cartela das coleções. Os looks têm capuzes, ombros amplos, golas altas e texturas de pele que remetem a armaduras.

O guarda-roupa das mulheres de King's Landing, com suas capas, mangas longas e seus decotes, poderia muito bem ter sido criado pelo libanês Elie Saab ou pela italiana Frida Giannini, da grife Gucci.

Maior nome desse movimento, o italiano Riccardo Tisci coloca na alta-costura e no prêt-à-porter da Givenchy todos esses símbolos.

Antes dele, o britânico Alexander McQueen (1969-2010) era um dos poucos a investir nessa mistura de força bruta e feminilidade, vista com reticência pelo olimpo da moda no início dos anos 2000.

As grandes marcas percebem agora que, na guerra das sacolas, ganha quem melhor traduz o desejo do exército de mulheres que não abdica do glamour em busca do trono.


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