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Crítica - Comédia
Briga de vizinhos é divertida em filme de humor grosseiro
THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA""Vizinhos" é engraçado, mas está longe de agradar a todas as plateias. Faz parte do filão do humor grosseiro que impera no cinema americano há tempos, com piadas sobre tamanho de pênis, escatologia, preferências sexuais e consumo de drogas.
Segue uma tradição politicamente incorreta que vem de longe, de "Porky's" (1982), e foi consagrada em "Quem Vai Ficar com Mary?" (1998).
É um filme de confrontação entre Seth Rogen (de "O Besouro Verde") e Zac Efron (de "High School Musical").
O primeiro interpreta Mac, que mora com a mulher e a filhinha bebê. O segundo é Teddy, líder da barulhenta fraternidade universitária que se muda para a casa ao lado.
Mac e a mulher, Kelly, estão numa fase difícil. A filha obrigou o casal a largar as baladas e ambos sentem a maturidade como algo ameaçador.
Para pedir aos estudantes que façam menos barulho, o casal tenta se enturmar com eles. Vão a uma das intermináveis festas da casa, oferecem maconha como cachimbo da paz e caem na gandaia.
Mas não adianta pedir silêncio, então Mac e Kelly partem para o ataque, tentando criar situações que deixem a fraternidade em má situação com a reitoria e a polícia.
A trama mistura cenas que arrancam gargalhadas legítimas com momentos constrangedores de tão estupidamente idiotas ou agressivos. Mas o saldo é positivo.
O personagem de Rogen fala sem parar, histérico, e ele é bom em fazer isso soar divertido. Efron, o ex-garoto fofo das produções Disney, reaparece muito "anabolizado".
Quem se destaca é Rose Byrne, como Kelly. Conhecida pela série de TV "Damages" e pelo filme "X-Men: Primeira Classe", a atriz australiana é engraçada, principalmente quando quer ser sexy para os garotos da casa ao lado.
Com a quantidade certa de pipoca, "Vizinhos" vira um bom programa para ogros.
