Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Crítica - Documentário

Filme com Martinho da Vila faz retrato do samba sem apelar ao lugar-comum

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A música tem lugar fundamental na produção do documentarista franco-suíço Georges Gachot. "O Samba" é seu terceiro filme sobre a música brasileira depois de "Maria Bethânia: Música É Perfume" (2005) e "Rio Sonata" (2010), com Nana Caymmi.

O documentário mostra o samba sem cair nos lugares-comuns. Com proposta abrangente e tom de reportagem, o gênero musical é apresentado enquanto cultura, linguagem e estilo de vida.

Muito além da sensualidade da dança, observa outros aspectos do fenômeno, dando destaque às letras, à dimensão social, à melancolia.

Gachot faz de Martinho da Vila o condutor da narrativa e esboça, de passagem, um retrato do cantor e compositor. Martinho brilha pela espontaneidade e pelas observações precisas que faz sobre o gênero musical e sua história. Enquanto isso, canta músicas com aquela voz inconfundível, mansa e cheia de meneios.

Intérpretes como Ney Matogrosso, Leci Brandão e Moyseis Marques dão belos depoimentos, assim como a greco-francesa Nana Mouskouri, que ainda faz um duo com Martinho.

Apesar de a escola de samba Vila Isabel ser outro foco da reportagem, o Carnaval não ocupa o centro das atenções. Gachot percebeu que o samba ultrapassa o hedonismo carnavalesco e insistiu em mostrar a escola como um microcosmo, como o lugar em que o samba é parte da identidade das pessoas.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página