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Festival de Paulínia consagra filmes de diretores iniciantes

Mostra de cinema que terminou no domingo (27) foi marcada por atrasos

'A História da Eternidade' e 'Casa Grande' foram os maiores vencedores da 6ª edição do evento, que buscou ser internacional

GUILHERME GENESTRETI DE SÃO PAULO

Grande vencedor do Festival de Cinema de Paulínia, que terminou na noite de domingo (27), o filme nacional "A História da Eternidade" quase não entrou na disputa.

O longa-metragem do pernambucano Camilo Cavalcante só participou da mostra competitiva porque o documentário "Cássia", de Paulo H. Fontenelle, sobre a cantora Cássia Eller, não ficou a pronto a tempo do festival.

A obra de Cavalcante, estreante em longas-metragens, levou os prêmios de melhor filme, diretor, ator (Irandhir Santos), atriz (Marcélia Cartaxo, Débora Ingrid e Zezita Matos) e o concedido por críticos.

Com três histórias de amor ambientadas no sertão, o filme de Cavalcante desbancou diretores consagrados como Domingos Oliveira ("Infância") e Lírio Ferreira ("Sangue Azul"), e apostas mais pop como o drama "Boa Sorte", de Carolina Jabor.

"A História da Eternidade" custou cerca de R$ 1,5 milhão, tido como baixo orçamento.

"É um épico da simplicidade. Feito com poucos recursos, mas muita colaboração", afirma Cavalcante. "E é anacrônico, fala de sonhos, vai na contramão do realismo."

O drama social "Casa Grande", do também estreante em longas Fellipe Barbosa, foi outro que saiu consagrado: levou por roteiro, ator coadjuvante (Marcello Novaes), atriz coadjuvante (Clarissa Pinheiro) e o prêmio especial do júri.

BALANÇO

Interrompido em 2012, quando o ex-prefeito de Paulínia direcionou os recursos para outras áreas, o festival teve edição enxuta em 2013 (sem mostra competitiva e sem filmes estrangeiros) e voltou neste ano aos moldes anteriores ao seu cancelamento.

Neste ano, cerca de 24 mil pessoas passaram pelo evento em seus seis dias de duração, segundo a organização. Em 2013, o número beirou os 4.000, calcula Ivan Melo, diretor do festival.

A sexta edição teve a internacionalização como objetivo principal. Chegou a rebatizar a mostra de Paulínia Film Festival e trouxe como convidados o diretor americano Abel Ferrara e a atriz inglesa Jacqueline Bisset, entre outros.

Melo afirma que o propósito foi atrair coproduções estrangeiras para filmar no polo cinematográfico da cidade.

Com muitas produções exibidas por dia na mesma sala --cinco longas e dois curtas, em média--, as sessões tiveram atrasos durante toda a programação, prejudicando o último filme da noite.

"Foi difícil passar tanta coisa num teatro só. Não prevíamos tanta gente e ficava complicado esvaziar a sala após cada sessão", diz Melo.


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