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Crítica - Música clássica

Precisão, leveza e solos perfeitos marcam concerto dos alunos em Campos do Jordão

SIDNEY MOLINA CRÍTICO DA FOLHA

Com regência do costa-riquenho Giancarlo Guerrero, a Orquestra do Festival encerrou no domingo, (27) na Sala São Paulo, a parte acadêmica do 45° Festival de Inverno de Campos do Jordão. A programação artística segue até o próximo dia 3.

Foi adequada a escolha da "Sinfonia n.1" de Beethoven (1770-1827) para abrir o programa: é música transparente, que exige muito do coletivo.

Guerrero é sempre preciso no ritmo e no ataque dos acordes, mas trouxe também leveza nas firulas das cordas ("Menuetto"), cuidado com articulações e resoluções ("Andante") e trânsito claro das figuras entre os naipes (primeiro "Allegro").

As outras obras, "Sinfonia Tropical" do paulista Francisco Mignone (1897-1986) e "Os Pinheiros de Roma" do italiano Ottorino Respighi (1879-1936), deram oportunidade para solos impecáveis da garotada, principalmente das madeiras em Mignone e dos metais em Respighi.

Este é o terceiro ano em que o Festival é organizado pela Fundação Osesp, e o segundo que conta com a coordenação artístico-pedagógica do violonista Fábio Zanon.

Uma das novidades desta edição foi destinar a primeira semana dos bolsistas à música de câmara, reduzindo --sem prejuízo no resultado artístico-- de três para duas semanas a atividade da orquestra do festival.

Apesar de intenso, o tempo que os estudantes passam em Campos do Jordão ainda é pequeno: os alunos de violão, por exemplo, tiveram apenas uma semana de programação, tempo que chegou a três semanas para os participantes da orquestra.

Festivais com o mesmo formato nos Estados Unidos podem durar seis semanas ou mais. É difícil, entretanto --e muito caro--, organizar um evento assim em uma cidade turística, em plena temporada de inverno e com as dificuldades de mobilidade de Campos.

Após o concerto, foram anunciados 14 prêmios aos bolsistas. O grande prêmio Eleazar de Carvalho (para nove meses de estudos no exterior) foi dividido entre a violinista Bárbara Galante, de São Bernardo do Campo, e o violista Everton Taborda da Rosa, de Curitiba.

Além das bolsas oferecidas por eminentes instituições da Inglaterra, Estados Unidos, Holanda e França, merecem menção os prêmios de regência para a italiana Valentina Pelleggi, que será assistente da Osesp durante um mês, e de composição para a mineira Thais Cabral, que irá escrever uma peça a ser estreada no próximo Festival.


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