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Mostra traz retrospetiva de Orlando Mattos

Cartunista terá primeira exposição individual em São Paulo desde sua morte, em 1992

GIULIANA VALLONE DE SÃO PAULO

Mais de 20 anos após a morte do ilustrador e cartunista Orlando Mattos (1917-1992), suas obras terão exposição individual em São Paulo, a partir desta quinta-feira (31).

A retrospectiva foi organizada pelo único filho de Mattos, Luiz Carlos, 66, em parceria com a Abach (Academia Brasileira de Arte, Cultura e História).

Na mostra, estarão expostas 40 telas do artista, entre peças do acervo familiar e outras cedidas por colecionadores. Parte delas, segundo a curadora Jussara Martins estará à venda. Serão até 15 telas com preço estimado entre R$ 10 mil e R$ 20 mil.

Estarão em destaque obras sobre erotismo, religiosidade e trabalho. Haverá também ilustrações e charges feitas por Mattos ao longo de sua carreira.

O artista começou publicando desenhos no jornal "A Noite" em 1934. Ele trabalhou para a Folha entre 1950 e 1971. Também colaborou com publicações como "O Malho", "O Cruzeiro", "Cigarra", "Revista da Semana" e "Tico-Tico".

Um desses desenhos, uma caricatura do então governador de São Paulo Ademar de Barros lhe rendeu um processo judicial.

Publicada em 1960, a ilustração trazia Barros com um pé em cima de uma caixa e uma espada em mãos, com os dizeres "Combaterei a corrupção".

"Orlando era amigo de Lasar Segall (1891-1957), Di Cavalcanti (1897-1976) e Cândido Portinari (1903-1962), seus trabalhos têm referências parecidas", diz Jussara Martins, curadora da Abach.

Luiz Carlos Mattos conta que o pai sempre expôs seus trabalhos na região do ABC paulista, onde viveu por mais de 20 anos até sua morte.

"Ele era uma pessoa muito tímida, não gostava de divulgação. Pintava e não mostrava, não fazia muitas exposições", afirma.


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