Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Miley Cyrus traz ao Brasil versão capenga de show

Tobogã em forma de língua e cachorro-quente voador são cortados por 'questões logísticas'

Cantora pop americana diz que falta de cenários será compensada com mais concentração e atenção à plateia

GIULIANA DE TOLEDO DE SÃO PAULO

Na próxima semana, em seus shows no Brasil, não espere ver Miley Cyrus entrar no palco escorregando pelo tobogã em forma de língua que foi usado em sua turnê nos Estados Unidos e na Europa.

A estrutura que imita uma língua estendida para fora da boca --marca pessoal da artista-- foi cortada de sua turnê latino-americana por "questões logísticas", diz ela.

O cachorro-quente gigante e voador, que costuma levar a cantora pop americana de 21 anos para fora de cena, também não será usado em São Paulo, na próxima sexta (26), nem no Rio, no domingo (28). O carro dourado em que ela geralmente se deita para sensualizar também não fará parte do espetáculo.

Uma Miley Cyrus com menos elementos cênicos, mas compensando em "energia", é o que promete a pop star para esta fase da turnê, que já passou por Porto Rico e México nos últimos dias.

"Agora posso ficar mais focada e mais conectada com a música, olhando nos olhos das pessoas, em vez de estar no ar em cima de um cachorro-quente", diz ela, rindo, à Folha, em entrevista por telefone, do México.

"A verdade é que esse show é muito mais divertido para mim, porque eu já fiz aquele outro 90 vezes. É algo novo", conta ela, com fala rápida e empolgada, nos dez minutos de entrevista que topou conceder. Do outro lado da linha, é possível ouvi-la mastigando às vezes. "Estou comendo os melhores waffles da minha vida!"

Esta será a segunda passagem de Miley pelo Brasil, mas, para os fãs, o gosto pode ser o de uma estreia. Na primeira visita, em 2011, quem veio foi a Miley careta, ainda ligada à imagem certinha de sua personagem da Disney, Hannah Montana.

De lá para cá, nasceu a Miley embaixadora do "twerk" --passo que lembra o da "Dança do Créu"--, quase sempre seminua no show. A nova versão é capaz de assustar autoridades. Na República Dominicana, há poucos dias, não pôde tocar porque seu show foi proibido pelo governo, por atentar contra a moral e os bons costumes.

No México, na terça (16), usando uma bunda postiça, Miley "apanhou" de seus bailarinos com a bandeira daquele país. Está sendo discutida a aplicação de uma multa, por ofensa ao símbolo pátrio.

Com a boa moça "assassinada" --expressão que Miley usa-- vieram também novas amizades. A principal é com Wayne Coyne, 53, líder da banda americana de rock psicodélico The Flaming Lips.

Juntos já gravaram versões de Beatles ("Lucy in the Sky with Diamonds" e "A Day in the Life") para um tributo que deve sair no próximo mês. Segundo Miley, composições em parceria estão a caminho.

E no que vai dar essa mistura? "Rock psicodélico, pop, country, inspirado em Johnny Cash, Roger Waters, Dolly Parton, tudo", gargalha.

"É legal que um grupo de rock psicodélico pegue um pouco de pop mainstream e que o pop mainstream pegue um pouco de um grupo de rock psicodélico."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página