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Crítica - Aventura

Enredo de filme infantil está subordinado à lógica de desenho

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mais interessante do longa "O Inventor de Jogos", do argentino Juan Pablo Buscarini, é a ideia de que as artimanhas necessárias para se dar bem num jogo de tabuleiro são semelhantes às do jogo da vida.

Aprendemos desde cedo a nos adaptar às situações desagradáveis e a contornar possíveis obstáculos, e esse aprendizado é retratado como uma fábula juvenil destinado à toda a família.

Na história, o garoto Ivan Drago (David Mazouz) descobre logo cedo que é fissurado em jogos de tabuleiro, apesar da vontade do pai (interpretado por Tom Cavanagh) de que ele seja atleta.

Lendo um gibi, ele descobre um concurso que envolve justamente a criação desses jogos. Para a surpresa da mãe (Valentina Lodovini), ele vence em primeiro lugar, o que vai colocar toda sua família em perigo.

Adiantar mais do que acontece seria estragar um pouco a experiência do espectador. Nesse tipo de filme, baseado em clichês de uma certa cartilha do cinema classificação livre, é necessário termos alguma surpresa.

Vale adiantar que alguns arquétipos da fábula estão presentes: a escola opressora com o aluno valentão, o diretor tirano e o professor esquisito; a adorável menina que vive entre as paredes da escola; o vilão caricatural (Joseph Fiennes), os ajudantes meio monstruosos e o vovozinho simpático.

Estão presentes também algumas soluções rocambolescas que podem causar enfado, tanto nas crianças quanto nos adultos. E o 3D que, mais uma vez, não faz sentido algum.

O produtor e diretor argentino Buscarini havia realizado três longas de animação antes de "O Inventor de Jogos" --nenhum deles lançado no Brasil. Talvez seu maior mérito, aqui, seja também sua maior limitação: a subordinação da história à lógica de um desenho animado.


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