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Academia elegerá Ferreira Gullar como novo imortal

Em eleição nesta quinta, poeta vai receber cadeira número 37 da instituição

Concorrendo com candidatos pouco conhecidos, escritor maranhense deve ser eleito por unanimidade

LUIZA FRANCO DO RIO

"Nada interessa tanto à vida acadêmica como uma eleição", disse Graça Aranha, membro fundador da cadeira 38 da ABL (Academia Brasileira de Letras).

Nesta quinta (9), os membros da instituição estarão diante de mais uma votação, desta vez para escolher o novo titular da cadeira 37, antes ocupada pelo poeta e tradutor Ivan Junqueira, morto no último dia 3 de julho.

A eleição promete ser rápida. O colunista da Folha Ferreira Gullar, 84, poeta, crítico de artes plásticas, dramaturgo e tradutor, é favorito absoluto. Ele vem recebendo convites para se candidatar há mais de 20 anos, portanto seu lugar está bem guardado.

"Eu tinha aquela visão de adolescente da Academia. Não queria participar de nenhuma instituição, como Drummond e outros poetas. Aos poucos minha visão foi mudando. Fui conhecendo pessoas que eu admirava e que eram da Academia, como Jorge Amado, e pessoas que de acadêmicas não tinham nada! O João Ubaldo, por exemplo", disse Gullar à Folha em julho.

Os outros candidatos são desconhecidos pela maioria dos acadêmicos e têm poucas chances de obter votos. São eles José William Vavruk, que já competiu pela vaga de Fernando Henrique Cardoso, em 2013, José Roberto Guedes de Oliveira, escritor e historiador, e o poeta Ademir Barbosa Júnior. Com isso, acadêmicos não descartam a possibilidade de que Gullar seja eleito por unanimidade.

Os ocupantes anteriores da cadeira 37 foram Silva Ramos, fundador --que escolheu como patrono o poeta Tomás Antônio Gonzaga--, Alcântara Machado, Getúlio Vargas, Assis Chateaubriand e João Cabral de Melo Neto.

Neste mês de outubro, os membros da ABL vão eleger mais dois novos colegas, com os quais terão que conviver "ad immortalitatem".

A disputa pelas outras duas cadeiras vazias também não deve causar dor de cabeça aos candidatos. Acadêmicos ouvidos pela reportagem dão como certo que as vagas serão ocupadas pelo historiador Evaldo Cabral de Mello, 78, e pelo jornalista e escritor Zuenir Ventura, 83. Os dois se candidataram aos lugares vagos após a morte dos escritores João Ubaldo Ribeiro (18/7) e Ariano Suassuna (23/7).

"As três eleições foram adotadas por consenso da casa. Não conheço ninguém que seja contra", diz o imortal Alberto Venancio Filho.


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